As negociações do Rio Grande do Norte no mercado internacional atingiram em 2021 um volume de US$ 847,8 milhões na corrente de comércio, que é o somatório das exportações e importações, e a balança comercial potiguar encerrou o ano com um superávit de US$ 180,3 milhões. Esse resultado foi 12,5% maior que o saldo da balança em 2020, quando o estado registrou superávit de US$160,3 milhões.
O bom desempenho do comércio exterior de um ano para o outro é resultado de altas nas importações, que cresceram mais de 85%, e nas exportações, cujo volume de envios ao mercado externo ultrapassou a marca de US$ 514,1 milhões, o maior verificado desde 2017.
Isso é o que aponta a edição deste mês, contendo os dados de 2021, do Boletim da Balança Comercial do RN, um informativo elaborado pela Unidade de Gestão Estratégica do Sebrae no Rio Grande do Norte com base nas informações da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério da Economia. O boletim acompanha a evolução do comércio exterior do estado mês a mês, assim como as operações de compra e venda de mercadorias no mercado internacional durante série histórica, que leva em consideração os cinco últimos anos.
As remessas de produtos para o exterior apresentaram um crescimento de 50,8% em relação ao ano de 2020, quando o Rio Grande do Norte exportou US$ 340,7 milhões contra os US$ 514,1 milhões do ano passado. Esse aumento nas exportações é o maior dos últimos cinco anos e se deve muito à entrada de um novo produto no topo da pauta de exportação potiguar: o óleo combustível derivado do petróleo.
Também chamado de fuel oil, o óleo de petróleo passou a ser exportado, principalmente para Singapura, ainda no primeiro semestre de 2021 e fechou o ano ocupando a primeira posição no ranking de produtos mais exportados com um volume de US$ 182,6 milhões. Isso equivale a mais que o total importado pelo Estado em 2020.
O óleo combustível, atipicamente, desbancou o melão, que tradicionalmente era o produto mais exportado do Estado. Em 2021, as exportações de melão totalizaram US$ 103,8 milhões, enquanto as de melancia somaram 37,9 milhões. Os principais destinos as mercadorias do Rio Grande do Norte foram Singapura, Holanda, Estados Unidos, Reino Unido e Espanha.
Já as importações potiguares tiveram um crescimento de mais de 85% em relação a 2020. O total importado no ano passado chegou a US$ 333,7 milhões contra US$ 180,3 milhões. O trigo e as misturas com centeio continuam sendo os itens mais importados pelo Estado e totalizaram um volume de US$ 58,1 milhões no ano passado. O
segundo item da pauta de importação do Rio Grande do Norte está diretamente relacionado a uma cadeia produtiva que vem se desenvolvendo nos últimos anos no estado: o setor de energia fotovoltaica. A importação de painéis solares totalizou US$ 56,1 milhões em 2020.
O terceiro item mais importado também é da área de energias renováveis, equipamentos elétricos para energia eólica, cujo volume importado no ano passado chegou a US$ 45 milhões, seguidos das torres eólicas, com um volume de US$ 25,3 milhões. Os principais parceiros comerciais do Rio Grande do Norte na aquisição de produtos ao longo do ano passado foram China, Argentina, Estados Unidos, Espanha e Alemanha.
Agora RN
Nenhum comentário:
Postar um comentário