quarta-feira, 31 de julho de 2019

SERIA POR CONSTRANGIMENTO A AUSÊNCIA DO VER. JACKRSON RENÊ NA SESSÃO DE POSSE DO VEREADOR DR. ZÉ FRANCISCO?


Aconteceu nesta quarta-feira (31), na Câmara de Vereadores de Santa Cruz/RN, a sessão solene para a posse do vereador Dr. Zé Francisco que assume a cadeira após a cassação do vereador Edmilson Silva (Galo Rural) pelo pleno do TRE/RN. 

A ação que levou a cassação do Galo Rural fora impetrada pelo (PCdoB) e pelo vereador Jackrson Renê do (PSB), partido do próprio vereador cassado, o que levou nas rodas de conversas políticas da cidade Jackrson Renê ser visto como traíra, praticante do chamado “fogo amigo.”

Com a ausência do vereador Jackrson Renê na sessão de posse de Dr. Zé Francisco o povo já está perguntando: estará Jackrson se sentindo constrangido?


Ramon Luduvico: "Sou favorável a tortura, você sabe disso"


Sou favorável à tortura, você sabe disso”, foi a declaração que o atual presidente da república deu a um programa de entrevistas em 1999. Muito tempo passou, e no mais alto cargo da democracia brasileira encontra-se esse mesmo CANALHA que destila preconceito, racismo e xenofobia na forma de discurso de ódio.

Ontem tomou as redes e os noticiários a declaração estúpida do Bolsonaro, na qual diz “Um dia, se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, conto pra ele”. Felipe Santa Cruz, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é filho de Fernando Santa Cruz, desaparecido político desde 1974.

Apesar de chocante, essa declaração não foge do que é o perfil de Bolsonaro, que deu declarações se mostrando favorável à Ditadura Militar, inclusive fazendo homenagens a torturadores. Em menos de 6 meses o (des)governo já mostrou a que veio, em junho o presidente extinguiu o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura, órgão ligado ao Ministério Público que é responsável por promover fiscalizações e produzir relatórios sobre violações de direitos humanos e casos de tortura.

Em resposta às declarações, Felipe Santa Cruz fez uma carta pessoal destinada a amigos e familiares, na qual afirma que Bolsonaro “deixa patente seu desconhecimento sobre a diferença entre público e privado, demonstrando mais uma vez traços de caráter graves em um governante: a crueldade e a falta de empatia”. Felipe disse ainda que irá acionar o STF para que o presidente esclareça as afirmações.

Em entrevista ao portal Saiba Mais, João Arthur Santa Cruz, irmão do desaparecido político Fernando Santa Cruz e tio do presidente da OAB Felipe santa Cruz, afirmou que seu irmão “saiu para se encontrar com um amigo, no Rio de Janeiro, e desse encontro desapareceu”. João Arthur afirma que a família entrará com um processo em resposta às declarações do presidente, sobre as quais Arthur afirma “Ele [Bolsonaro] está cometendo um dos maiores crimes de omissão. Ele deveria dizer [o que sabe] ao Supremo Tribunal Federal, à nação”.

Fernando era da Ação Popular Marxista-Leninista, uma ação que era ligada à Igreja Católica. Ele nunca pegou em armas, nunca participou da luta armada. Ele era um estudante que sonhava por um país mais justo; que reclamava da situação do país no bandejão da Universidade”, explica João Arthur.

Após a repercussão negativa da primeira declaração, Bolsonaro volta a falar do caso, dessa vez afirmando que Fernando Santa Cruz foi morto pela Ação Popular do Rio de Janeiro, grupo caracterizado como terrorista pelo presidente. Mais uma vez Bolsonaro mente, já que relatórios da Comissão da Verdade esclareceram que a vítima foi morta pelo Estado, e documentos da Marinha e Aeronáutica comprovam isso.

Essas declarações de Bolsonaro além de não fazerem jus a sua condição de presidente e ferirem a Constituição, são totalmente desumanas, uma vez que desrespeitam a família Santa Cruz. Elzita Santa Cruz, mãe de Fernando, passou 45 anos à procura de esclarecer a morte de seu filho, faleceu recentemente sem ter essa resposta, não antes de deixar sua indignação imortalizada no livro “onde está meu filho?” e em diversas cartas a ministros, generais e presidentes na esperança de esclarecer esse crime.

Nada mais justo que encerrar essa coluna com um trecho de uma das suas cartas: “É justo, é humano, é cristão que um órgão de segurança encarcere, depois de sequestrar, um jovem que trabalhava e estudava, sem que à sua família seja dada qualquer informação sobre o seu paradeiro e as acusações que lhe são imputadas? Que direi ao meu neto quando jovem for e quando me indagar que fim levou o seu pai, se ele não tiver a felicidade de ver seu regresso? Direi que foi executado sem julgamento? Sem defesa? Às escondidas, por crime que não cometeu?

Por Ramon Luduvico



terça-feira, 30 de julho de 2019

Novo Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial torna o RN mais competitivo

Novo Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial torna o RN mais competitivo. A partir do próximo dia 1º de agosto, as indústrias instaladas e que venham a se instalar no Rio Grande do Norte passarão a contar com um programa de incentivos fiscais mais abrangente e competitivo. 

O novo Programa de Estímulo ao Desenvolvimento Industrial (PROEDI) teve decreto publicado na sexta-feira (26) e substitui o antigo Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial (PROADI), com regras mais modernas, que trarão mais benefícios para as empresas e maiores contrapartidas para o Estado.

O documento foi elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC), que gerencia o programa, em parceria com as secretarias de Tributação e Planejamento e colaboração de instituições representativas dos setores produtivos do RN. O objetivo é equiparar os benefícios aos praticados em estados vizinhos, conforme Lei Complementar Federal nº 160, que autoriza o estado a aderir a práticas de incentivos fiscais similares aos concedidos por unidades federadas da mesma região. Assim, estão sendo trazidos para o Rio Grande do Norte as melhores iniciativas com relação a benefícios fiscais observadas nos demais estados do Nordeste.

A principal mudança está no percentual de abatimento do ICMS, assim como no modelo de aplicação do benefício. O programa antigo previa 70% a 75%. O valor equivalente era emprestado à empresa e devolvido ao Estado após o recolhimento do imposto no fim do mês, causando oneração de juros com operações financeiras. No PROEDI, o benefício se dará na forma de crédito presumido de ICMS, desburocratizando o sistema. “Deixa de ser um incentivo financeiro para ser um incentivo fiscal”, explica o secretário de desenvolvimento econômico Jaime Calado. “O RN era o único estado em que o programa ainda era de estímulo financeiro, em todos os outros já é de estímulo fiscal, então agora o Rio Grande do Norte acompanha os outros estados e ainda com algumas vantagens”.

O percentual do novo programa poderá ser de 75% a 95%. A variação se dá por uma série de critérios estipulados no regulamento do programa, entre os quais, o que tem por objetivo a interiorização da Indústria. Para as empresas localizadas nos municípios de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante e Extremoz, o PROEDI concede de 75% a 80%; para empresas instaladas em Mossoró, 80% a 85%; e para empresas nos demais municípios, de 85% a 90%. “Essa medida é importante porque valoriza a regionalização, interiorizando os empregos e o desenvolvimento, e prestigiando todo o estado”, defende o secretário Jaime Calado.

Outros critérios de contrapartida também entram na balança. Por exemplo: a cada 250 empregos gerados, aumenta 0,5% de incentivo; a cada R$ 5 milhões de faturamento mensal, aumenta 0,5% do incentivo; a cada 15% de matéria prima adquirida no estado. As empresas também podem ganhar mais incentivo investindo em Ciência Tecnologia e Inovação, conservação ambiental e qualificação de mão-de-obra.

O percentual do desconto fornecido pelo PROEDI pode aumentar ainda mais, ficando entre 90% e 95%, para empresas com capacidade de gerar e manter, no mínimo, 8 mil empregos diretos, ou para empresas consideradas de “segmento industrial relevante”, independente de sua localização. Se enquadram nessa categoria empresas de fabricação de veículos automotores e acessórios; aeronaves e componentes; farmacoquímicos, farmacêuticos e nutracêuticos; metalurgia; equipamentos para geração de energia eólica e solar; locomotivas, vagões e outros materiais rodantes; motores elétricos; produtos químicos e petroquímicos; máquinas, aparelhos e materiais elétricos; equipamentos de informática; instrumentos e materiais para uso médico e hospitalar; e calçados. Estes valores também se aplicam a empresas que utilizem percentual significativo de matéria-prima reciclada, de acordo com valores discriminados no decreto.

“A questão dos setores estratégicos também é prioritária para o crescimento do estado. A siderurgia, por exemplo, tem o maior incentivo de todos, porque temos mais de 600 milhões de toneladas de ferro medido no estado, mas não temos sequer uma siderúrgica para fazer uma enxada. Vamos explorar esse potencial para atrair investimentos”, declara o secretário Jaime. “Então, esse é um programa que cria incentivos inteligentes. Os outros estados fizeram antes e atraíram as empresas para lá, e a gente se afundou aqui nessa situação que agora estamos trabalhando para vencer”, conclui.

Blog do Robson Pires


Bolsonaro questiona legitimidade da Comissão da Verdade e vê “balela” em documentos sobre mortes na ditadura






















O presidente Jair Bolsonaro questionou nesta terça-feira (30) a legitimidade da Comissão da Verdade, que apurou crimes cometidos na ditadura militar.

Ele deu a declaração ao ser perguntado por jornalistas sobre a conclusão da comissão para a morte de Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz.

De acordo com a Comissão da Verdade, Fernando foi preso e morto por agentes do Estado brasileiro na ditadura militar.

Na segunda-feira (29), Bolsonaro disse que “um dia” contaria para o presidente da OAB como o pai havia morrido. “Ele não vai querer saber a verdade”, disse Bolsonaro.

Felipe Santa Cruz respondeu que acionaria o Supremo para que o presidente esclarecesse a fala. Santa Cruz afirmou ainda que Bolsonaro agiu como um “amigo do porão da ditadura”.

Mais tarde, Bolsonaro afirmou que o pai do presidente da OAB foi morto pelo “grupo terrorista” Ação Popular do Rio de Janeiro, e não pelos militares.

O atestado de óbito de Fernando, incluído no último dia 24 no sistema da Comissão de Mortos e Desaparecidos, diz que ele foi morto pelo Estado brasileiro.

Nesta terça, na entrada do Palácio da Alvorada, jornalistas questionaram o presidente de que a versão dele contraria a oficial. Bolsonaro respondeu:

Você acredita em Comissão da Verdade? Qual foi a composição da Comissão da Verdade? Foram sete pessoas indicadas por quem? Pela Dilma [Rousseff, ex-presidente]”, disse o presidente.

Bolsonaro ainda chamou de “balela” documentos sobre mortes na ditadura.

Nós queremos desvendar crimes. A questão de 64, existem documentos de matou, não matou, isso aí é balela”, afirmou o presidente

Indagado se está disposto a fornecer as informações que dispõe sobre a morte de Fernando para o STF, o presidente disse que não tem registros escritos e que sua versão está baseada em “sentimento”.

O que eu sei é o que falei para vocês. Não tem nada escrito que foi isso, foi aquilo. Meu sentimento era esse”, disse Bolsonaro.

Perguntado se tem documentos para mostrar que Fernando foi morto por um grupo de esquerda, o presidente ironizou:

Você quer documento para isso, meu Deus do céu? Documento é quando você casa, você se divorcia. Eles têm documentos dizendo o contrário?”, disse Bolsonaro.

Corpo incinerado

De acordo com a Comissão Nacional da Verdade, Fernando Augusto de Santa Cruz Oliveira sumiu em 1974 e foi “preso e morto por agentes do Estado brasileiro”. Ainda segundo a comissão, Santa Cruz “permanece desaparecido, sem que os seus restos mortais tenham sido entregues à sua família”.

O relatório final da comissão diz ainda que Claudio Guerra, ex-delegado do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS-ES), afirmou em depoimento em 2014 que o corpo de Fernando Santa Cruz Oliveira foi incinerado na Usina Cambahyba, em Campos dos Goytacazes (RJ).

Ainda de acordo com a comissão, o ex-sargento do Exército Marival Chaves Dias do Canto também afirmou em depoimento que havia um esquema de transferência de presos entre estados, que envolvia o encaminhamento dos presos para locais clandestinos de repressão, como a Casa da Morte.

Segundo a comissão, Marival disse que os presos Eduardo Collier Filho e Fernando Santa Cruz teriam sido vítimas dessa operação.

Documento da Aeronáutica

A Comissão da Verdade disponibiliza na internet um documento do antigo Ministério da Aeronáutica segundo o qual Fernando Santa Cruz foi preso em 22 de fevereiro de 1974, um dia antes da data em que, segundo o atestado de óbito, ele morreu.

Comissão da Verdade

A Comissão da Verdade foi criada no primeiro mandato da ex-presidente Dilma Rousseff e funcionou entre 2012 e 2014.

O relatório final do grupo apontou 377 pessoas como responsáveis diretas ou indiretas pela prática de tortura e assassinatos durante a ditadura militar, entre 1964 e 1985.

O relatório consolidou o material apurado em dois anos e sete meses por meio de audiências públicas, depoimentos de militares e civis e coleta de documentos referentes ao regime militar.

G1


Mandato de Sandro Pimentel é cassado no TRE


Por 5 votos a 2, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou nesta terça-feira (30) o mandato do deputado estadual Sandro Pimentel, do PSOL, em ação do Ministério Público Eleitoral (MPE).

O parlamentar foi acusado de captar e gastar ilegalmente recursos para a campanha eleitoral do ano passado, porque ultrapassou o limite de R$ 1.064,10 estipulado pela legislação. Sandro Pimentel arrecadou R$ 30 mil. Ele alega que o que ocorreu foi um “erro operacional” e apresentou documentos para comprovar a origem lícita dos recursos.

Após decisão, o psolista informou que irá recorrer.

Blog do BG


Governo conclui nesta quarta a folha de julho dos servidores

O Governo do Estado conclui nesta quarta-feira (31) o pagamento da folha salarial do mês de julho do funcionalismo estadual. Serão R$ 230 milhões depositados para mais de 59 mil servidores ou 20% do quadro de pagamento do Estado.

Recebem nesta quarta os servidores lotados em pastas com recursos próprios e da Educação, e ainda os 70% restantes de quem recebe acima de R$ 3 mil (valor bruto). Dessa forma, o Governo conclui a folha de R$ 490 milhões do mês de julho.

Para o mês de agosto, as datas e valores de pagamento permanecerão o mesmo de julho. O Governo do Estado segue no trabalho diário na busca de recursos extras com medidas e ações planejadas para quitar as três folhas restantes em atraso.

CALENDÁRIO:

JULHO

Dia 31

70% de quem ganha acima de R$ 3 mil

Pagamento integral dos servidores de órgãos de arrecadação própria e da Educação

AGOSTO

Dia 15

Pagamento integral de quem ganha até R$ 3 mil brutos;

Todo o pessoal da Segurança Pública

Parcela de 30% de quem acima de R$ 3 mil

Dia 31

Restante de quem ganha acima de R$ 3 mil

Pagamento integral dos servidores de órgãos de arrecadação própria e da Educação

SETEMBRO

Dia 16

Pagamento integral de quem ganha até R$ 3 mil brutos;

Todo o pessoal da Segurança Pública

Parcela de 30% de quem acima de R$ 3 mil

Dia 30

Restante de quem ganha acima de R$ 3 mil

Pagamento integral dos servidores de órgãos de arrecadação própria e da Educação


ASSECOM/RN


DR. ZÉ FRANCISCO TOMARÁ POSSE NESTA QUARTA (31), NA CÂMARA DE VEREADORES DE SANTA CRUZ.

Foto: Vereador José Francisco

Com a publicação do acórdão do TRE/RN e a notificação da justiça eleitoral da comarca de Santa Cruz a presidência da Câmara Municipal de Vereadores de Santa Cruz/RN, dando ciência da cassação do Vereador Edmilson Silva (Galo Rural), por prática de caixa dois na campanha eleitoral de 2016, o presidente da casa do povo ilustre Fábio Dias, marcou para esta quarta-feira (31), às 19h, a sessão de posse do novo vereador José Francisco.

Não custa lembrar que, José Francisco é o sétimo vereador a assumir um mandato nesta legislatura no município de Santa Cruz/RN, os outros 06, foram cassados em dezembro de 2018, junto com a então prefeita Dra. Fernanda Costa, esposa do Dep. Tomba

Entre esquema de corrupção eleitoral e caixa dois, só escapou os vereadores de oposição.


sexta-feira, 26 de julho de 2019

Suposto hacker preso pela PF é apoiador de Bolsonaro



















Um presos pela Operação Spoofing, acusado de ter invadido o Telegram de diversas autoridades, é fã incondicional do presidente Jair Bolsonaro (PSL), um dos alvos das invasões.

O motorista de aplicativo Danilo Cristiano Marques, segundo pessoas próximas, foi usado como laranja dos outros dois acusados, Walter Delgatti Neto e Gustavo Henrique Elias Santos.

A principal prova contra Marques é o IP de um dispositivo cadastrado no seu nome, de onde teriam partido ataques hacker. 

Em suas redes sociais, Danilo declara abertamente apoio a Bolsonaro e Moro, compartilhando postagens do presidente e do agora ministro da Justiça, e criticando o ex-presidente Lula e o Partido dos Trabalhadores.

Brasil 247


Femurn alerta para risco de atrasos de salários das Prefeituras no 2º semestre

A possibilidade de atrasos de pagamentos de salários dos servidores públicos municipais não está descartada no segundo semestre, admite o presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte (Femurn), Leonardo Cassimiro de Araújo Júnior. “Atualmente há casos pontuais de atrasos, por causa de problemas mais profundos, como de previdências próprias que ficaram de gestões anteriores”, disse ele. Mas, a partir de agosto, a tendência é aumentar a quantidade de prefeituras que não terá recursos suficientes para cumprir em dia os compromissos com a folha de pessoal.

Naldinho”, como é chamado o presidente da Femurn, disse ser essa uma preocupação, em virtude de que entre agosto e outubro, historicamente, ocorre uma queda no valor dos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Neste período, geralmente, há uma diminuição das receitas com Imposto de Renda, que ao lado do IPI, forma o bolo dos recursos do Fundo de Participação.

Ele disse que conversou, inclusive, a respeito disso com a governadora Fátima Bezerra (PT), porque o governo tem três folhas em atraso referentes aos meses de novembro e dezembro e do 13º salário de 2018, e o Estado também deve enfrentar queda de receitas do Fundo de Participação.

A preocupação com a folha de pessoal é uma constante para os municípios. O Tribunal de Contas do Estado (TCE) já começou a emitir termos de alerta de responsabilidade fiscal para os 91 municípios (54,5%) dos 167 municípios do Rio Grande do Norte, que no segundo bimestre do ano, ultrapassaram o limite de alerta com gasto de pessoal. O caso emblemático é o de Pureza, que comprometeu 92,4% de sua receita corrente líquida com o pagamento de salários.

Segundo “Naldinho”, pelo menos em julho os municípios receberam 1% de recursos extras de FPM, e mesmo assim, 44 municípios tiveram saldo zero no repasse da primeira cota, dia 10, Lamentavelmente, diz ele, “é onde a corda quebra,, do lado mais fraco, principalmente dos municípios que sobrevivem exclusivamente do Fundo de Participação”.

O presidente da Femurn diz que os municípios só passam a contar com 1% de recursos extras em dezembro, justamente como ajuda para complementação da folha do 13º salário.

TRIBUNA DO NORTE



Moro é muito criticado por juízes e políticos pelo vazamento de nomes e situação do Ministro é muito delicada






















Afasta de mim esse cale-se O vazamento de nomes que também teriam sido hackeados pelo grupo preso pela PF ampliou a desconfiança de políticos e ministros de cortes superiores sobre a atuação de Sergio Moro (Justiça). O ex-juiz é, a um só tempo, protagonista de rumorosa crise, vítima e chefe do órgão que faz a investigação. A maneira como a suposta invasão de outros celulares foi divulgada foi interpretada como tentativa de criar um cinturão de solidariedade a ele e à destruição de mensagens. Surtiu efeito contrário.

Veio a calhar Tão logo pipocaram, nesta quinta (25), dados de outras autoridades que teriam sido alvo de ataque, políticos especularam sobre 1) a conveniência de espraiar a crise, criando uma “cortina de fumaça” para o foco na Lava Jato, e 2) a hipótese de instrumentalização da PF.

Ninguém dorme Deputados chegaram a indagar quantos hackers foram pegos por clonar, por exemplo, telefones de ex-ministros de Temer –vários foram alvos de golpes– ou se, pelos embates entre Moro e o Congresso, não haveria possibilidade de subtração ou alteração de provas.

Elevador A OAB foi provocada a ingressar com uma reclamação no Supremo questionando o procedimento adotado até agora, já que o hackeamento teria atingido pessoas com prerrogativa de foro –e a Ordem estuda, de fato, ingressar com a medida.

Pare! A OAB deve ainda fazer petição ao juiz hoje responsável pelo caso, Vallisney de Souza, solicitando que não autorize a destruição de provas.

Indignação… Juiz federal do TRF-4, Jorge Antonio Maurique diz que, apesar de a PF indicar que as mensagens são fruto de invasões a celulares,se verdadeiro, o conteúdo vazado (…) é muito ruim para os envolvidos”.

…seletivaImpressiona que não haja indignação no mundo jurídico com o conteúdo, e sim com a forma. Veja que o conteúdo não foi contestado expressamente pelos envolvidos”, diz Maurique. “Por causa de mensagens vazadas a jornalistas, o governador de Porto Rico acaba de renunciar. Lá, só importou o conteúdo.

Jabuticaba Já o governador Flávio Dino (PC do B-MA) diz que “parte diretamente interessada não deveria nem opinar sobre o assunto [destruição de provas]“. “Muito menos comunicar autoridades. Realmente o Direito no Brasil virou coisa bem esquisita.

Blog do BG


Errata: após mentir, Jornal Nacional teve que ler nota do Intercept


O Jornal Nacional leu, ao vivo, na noite de ontem, uma nota do Intercept Brasil contrariando uma informação errada dada pelo jornal na noite anterior.

O JN havia dito que o site “sempre negou que as informações tenha sido enviadas por um hacker”.

Os editores do Intercept enviaram uma nota, solicitando ao jornal que fizesse uma errata. Isso porque, conforme garante a Constituição Federal, o jornalista tem o direito de proteger o sigilo da fonte e, por isso, o site jamais falou sobre o assunto. Ou seja, nunca negou, nunca afirmou. “Não falamos da fonte”, diz a nota. Assista:




Blog da Cidadania



Dallagnol foi pago por palestra em empresa citada na Lava Jato

O procurador da República Deltan Dallagnol fez uma palestra remunerada no valor de R$ 33 mil para uma empresa que havia sido citada em um acordo de delação em caso de corrupção na própria força-tarefa da Lava Jato, mostram mensagens e documentos obtidos pelo The Intercept Brasil e analisados em conjunto com a Folha.

A firma do setor de tecnologia Neoway, que contratou Deltan, foi mencionada pela primeira vez em um documento de colaboração que foi incluído em um chat dos procuradores da operação em março de 2016, dois anos antes da palestra.

Além de participar do evento remunerado da companhia, em março de 2018, Deltan aproximou membros da Procuradoria e representantes da Neoway com o objetivo de viabilizar o uso de produtos dela em um trabalho da força-tarefa, da qual é coordenador em Curitiba.

O procurador também gravou um vídeo para a firma no qual enaltece a utilização de ferramentas tecnológicas em investigações, além de ter acionado um dos assessores do Ministério Público para avaliar seu desempenho na gravação.

Procurado, o Deltan disse à Folha que, antes de dar palestra remunerada para a empresa Neoway, não teve conhecimento de que a companhia já havia sido citada na Lava Jato. “Não reconheço a autenticidade e a integridade dessas mensagens, mas o que posso afirmar, e é fato, é que eu participava de centenas de grupos de mensagens, assim como estou incluído em mais de mil processos da Lava Jato. Esse fato não me faz conhecer o teor de cada um desses processos.”

Quatro meses após a palestra, em um chat, Deltan afirmou a outros procuradores que havia descoberto a citação à empresa na delação premiada do lobista do MDB Jorge Luz, que atuava em busca de vantagens em contratos da Petrobras e subsidiárias.

“Isso é um pepino pra mim. É uma brecha que pode ser usada para me atacar (e a LJ), porque dei palestra remunerada para a Neoway, que vende tecnologia para compliance e due diligence, jamais imaginando que poderia aparecer ou estaria em alguma delação sendo negociada”, afirmou o procurador na conversa.

As mensagens são reproduzidas tal qual aparecem nos arquivos obtidos pelo Intercept, mantendo eventuais erros de digitação e normas da língua portuguesa.

A situação levou Deltan e outros procuradores que haviam mantido contato com a Neoway a deixarem as investigações relativas a Jorge Luz.

Os diálogos examinados pela Folha e pelo Intercept também mostram outras ocasiões em que convites recebidos por Deltan levaram a discussões sobre potenciais conflitos de interesses.

O procurador chegou a perguntar aos colegas sobre eventual participação em um evento organizado pela Odebrecht Ambiental, empresa do grupo que fez a mais extensa delação da Lava Jato. Deltan foi advertido pelos procuradores e não aceitou o convite.

Em outra oportunidade, o procurador teve que cancelar a presença em um evento organizado pela empresa distribuidora de combustíveis Raízen, logo após ler a notícia de que a companhia havia sido alvo de uma operação da Polícia Civil do Paraná.

DELAÇÃO DE JORGE LUZ

Os procuradores da Lava Jato criaram um grupo no aplicativo Telegram em fevereiro de 2016 para tratar do acordo de delação premiada de Jorge Luz, inclusive com a participação de Deltan.

Em 22 de março daquele ano, circulou no chat um documento no qual o delator afirmou que atuou em favor da Neoway em um projeto de tecnologia da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Luz contou que recorreu ao então deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) e ao atual deputado federal Vander Loubet (PT-MS) para aproximar a Neoway da BR Distribuidora.

No dia 24 de abril de 2017, um outro documento da colaboração premiada foi enviado nesse diálogo com um relato mais categórico de Jorge Luz: “Paguei ao Vaccarezza para arrumar o negócio”.

O delator afirmou que, após uma reunião na BR Distribuidora para apresentação de sua ferramenta tecnológica, a Neoway foi contratada. Jorge Luz disse ainda que os contratos com a empresa foram executados por volta de 2011 ou 2012 e não houve pagamentos a funcionários da Petrobras, apenas repasses a Vaccarezza e Loubet.

O colaborador não indicou os valores dos contratos e dos pagamentos aos deputados nos documentos examinados pela Folha e pelo Intercept.

O relato de Luz sobre a Neoway levou o ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin a determinar a abertura de um processo no STF para tratar do caso em abril de 2019, segundo um despacho do magistrado que foi enviado a um grupo dos procuradores no Telegram.

Luz teve seu acordo de delação premiada homologado pelo STF. Ele havia sido condenado a dez anos de prisão pela prática dos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro em um processo sobre o pagamento de propinas em contratos de navios-sonda da Petrobras, e agora está sob o regime de prisão domiciliar previsto no acordo de colaboração.

Apesar de o nome da empresa de tecnologia ter sido mencionado nos documentos da delação já em março de 2016, Deltan comemorou a realização da palestra para a companhia em uma mensagem enviada em um outro grupo de conversas dos procuradores dois anos depois, em março de 2018.

O coordenador da Lava Jato demonstrou entusiasmo por ter sido contratado pela empresa e mencionou o presidente executivo da firma, Jaime de Paula.

“Olhem que legal. Sexta vou dar palestra para a Neoway, do Jaime de Paula. Vejam a história dele: [link para texto sobre Jaime de Paula]. A neoway é empresa de soluções de big data que atende 500 grandes empresas, incluindo grandes bancos etc”, disse.

O procurador da República Júlio Noronha, também integrante da Lava Jato, sugeriu então que Deltan procurasse marcar uma reunião com o presidente executivo da Neoway para tratar da obtenção de produtos para um projeto da Procuradoria denominado LINA (Laboratório de Investigação Anticorrupção).

”Top Delta!!! De repente, se conseguir um espaço para conversarmos com ele e tentarmos algo para trazer uma solução para agregar ao LINA, seria massa tb!”, disse Noronha.

Deltan concordou e afirmou que iria procurar agradar o empresário. “Exatamente. Isso em que estava no meu plano. Vou até citar ele na palestra pra ver se sensibilizo kkkk”.

Quatro dias depois, Deltan realizou a palestra para a Neoway no evento intitulado Data Driven Business, no resort Costão do Santinho, em Florianópolis.

No fim da noite do mesmo dia, Deltan procurou os colegas no chat para marcar a reunião com os representantes da empresa. “Caros podem receber a Neoway de bigdata na segunda para apresentar os produtos???? Ou quarta?”.

O procurador afirmou que a companhia cogitava fornecer produtos gratuitamente. “Como fiz um contato bom aqui valeria estar junto. Eles estão considerando fazer de graça. O MP-MG está contratando com inexigibilidade.”

A inexigibilidade citada pelo procurador é a situação na qual órgãos públicos podem contratar serviços ou comprar produtos sem concorrência pública. Isso ocorre em hipóteses nas quais só há um fornecedor apto a atender às necessidades da administração pública, por exemplo.

Houve impasse quanto à data da reunião, e Deltan disse que eles deveriam ser rápidos para não perder a oportunidade de ganhar os produtos. “Minha única preocupação é perdermos o timing da boa vontade deles rs. Mas entendo. Marcamos dia 20 então?

Noronha concordou e emendou: “Kkkk a gente ganha eles de novo qdo encontrarmos!”.

Os diálogos e documentos analisados pela Folha e pelo Intercept indicam que a reunião foi realizada e a ideia de integrar a Neoway ao projeto de sistema de dados da Procuradoria ganhou força internamente.

Porém quatro meses depois, em julho de 2018, Deltan afirmou em um diálogo que havia percebido a citação à Neoway no acordo de delação de Jorge Luz.

“Qto isso é ruim? Legalmente não vejo qualquer problema, mas já estou sofrendo por antecipação com as críticas. Dando uma passada de olhos nos anexos do Luz, vejam o que achei. Empresa de TI que veio apresentar produtos de TI para LJ”, afirmou Deltan.

O procurador então passou a propor medidas para tratar do problema. “Quero conversar com Vcs na segunda para ver o que fazer, acho que é o caso de me declarar suspeito e não sei até que ponto isso afeta o trabalho de todos (prov tem que ser redistribuído para colega da PRPR e dai designar todos menos eu para assinar)”, disse.

Deltan também discutiu como proceder caso a situação viesse a público. “Pensando rapidamente o que provavelmente poderia fazer ou informar: -Não tinha conhecimento, não participei da negociação -assim que tomei, me declarei suspeito e me afastei -a palestra remunerada é autorizada pelo CNMP [Conselho Nacional do Ministério Público] e se deu em contexto de mercado (lançamento de produto de compliance) e por valor de mercado”.

“Já recusei palestra por conflito de interesses, mas nesse caso não foi identificado -como voltará à baila a questão das palestras, a maior parte das palestras é gratuita e grande parte do valor é doado”, completou Deltan sobre a estratégia ante eventual repercussão negativa.

No mês seguinte, agosto de 2018, os procuradores iniciaram conversa sobre quem iria trabalhar nos casos relativos a Jorge Luz, e o tema da Neoway voltou à tona.

Nesse diálogo, o procurador Paulo Roberto Galvão indagou: ”Vcs nao preferem ficar de fora do luz [processos de Jorge Luz]?”

A procuradora Laura Tessler sugeriu que todos os procuradores da equipe entrassem no caso, mas Galvão lembrou do episódio da palestra de Deltan. “Delta nao quer… problema da neoway, laurinha”, escreveu Galvão à colega.

Em seguida, Deltan mostrou estar incomodado com a situação. “Quero distância rs Acho que Robito e Júlio tb não queriam”, afirmou.

Por fim, a procuradora Jerusa Viecili indicou os nomes de apenas sete procuradores para trabalhar nos processos de Luz e arrematou: “Melhor deixar fora quem teve contato com a neoway”.

A participação de Deltan no evento da Neoway em março de 2018 também rendeu a gravação de um vídeo no qual o procurador discorreu sobre a importância do uso de ferramentas de dados em investigações.

“A tecnologia é essencial para nós podermos avançar contra a corrupção em investigações como a Lava Jato, por exemplo. Hoje nós lidamos com uma imensa massa de dados, uma imensa massa de dados em investigações, uma imensa massa de dados que podem ser usados para avaliar potenciais fornecedores ou clientes, e fazer due diligence. Isso nos faz precisar, se nós queremos investigar melhor, tanto no âmbito público como no privado, a usar sistemas de big data”, disse Deltan no vídeo.

Na semana seguinte ao evento, o procurador recebeu o arquivo com o registro audiovisual e pediu que um assessor da Procuradoria avaliasse a fala dele. Deltan disse estar preocupado em parecer um garoto-propaganda da Neoway, apesar de não ter citado a empresa expressamente no vídeo.

“Fiquei um pouco preocupado porque ficou parecendo que estou vendendo os produtos deles rsrsrs, mas não foi proposital. Dei respostas sinceras às perguntas, mas encaixa perfeitamente com o que eles vendem, que é sistemas de big data rs”, disse Deltan.

O assessor da Procuradoria não fez críticas ao conteúdo do vídeo e ele foi publicado na internet. Até a publicação deste texto, a gravação ainda podia ser encontrada em sites como o YouTube.

OUTRO LADO

A empresa de tecnologia Neoway nega ter usado a firma do operador do MDB Jorge Luz para obter qualquer vantagem indevida em contratos com a BR Distribuidora.

Segundo a empresa, a contratação de Deltan e dos demais palestrantes “foi remunerada em valores compatíveis com o mercado para atividades dessa natureza, com total observância às leis”.

“A Neoway informa ainda que jamais prestou quaisquer serviços ou forneceu qualquer produto para o projeto LINA ou para o MP-MG, seja de forma gratuita ou onerosa, e desconhece a menção a seu nome em depoimentos de terceiros”, afirmou, em nota.

A defesa de Jorge Luz afirmou que seu cliente está à disposição das autoridades públicas para prestar todos os esclarecimentos, no momento oportuno e nos autos dos eventuais processos.

O ex-deputado Cândido Vaccarezza afirma que “nunca sugeriu, pediu, aceitou, recebeu ou autorizou quem quer que seja a receber em seu nome vantagem, pagamento, benefício ou dinheiro de forma ilícita”.

A defesa de Vaccarezza afirma que “já apresentou ao juízo elementos objetivos que esclarecem a verdade, e deixam inequívoco que o sr. Jorge Luz, por motivos ignotos, mente em relação a Cândido Vaccarezza”.

Sobre as mensagens nas quais é citado, o deputado Vander Loubet disse desconhecer seus termos.

A Raízen afirmou que a empresa possui os mais altos padrões de governança em relação às suas políticas comerciais, “razão pela qual confiamos que todas as condutas da Raízen e de seus empregados são absolutamente lícitas”, disse, em nota.

As mensagens dos procuradores sobre a palestra de Deltan para empresa citada na Lava Jato

Em um chat em 5 de março de 2018, o procurador da República Deltan Dallagnol festejou o fato de ter sido contratado como palestrante pela empresa de tecnologia Neoway e discutiu a possibilidade de marcar uma reunião com representantes da companhia. O objetivo era adquirir produtos da firma para trabalhos na Lava Jato

As mensagens dos procuradores sobre a palestra de Deltan para empresa citada na Lava Jato:

5.mar.2018

Deltan

23:14:46 Olhem que legal. Sexta vou dar palestra para a Neoway, do Jaime de Paula. Vejam a história dele: https://endeavor.org.br/empreendedores-endeavor/jaime-de-paula/

23:15:02 A neoway é empresa de soluções de big data que atende 500 grandes empresas, incluindo grandes bancos etc

Procurador Júlio Noronha

23:17:38 Top Delta!!! De repente, se conseguir um espaço para conversarmos com ele e tentarmos algo para trazer uma solução para agregar ao LINA, seria massa tb!

Deltan

23:19:00 Exatamente

23:19:26 Isso em que estava no meu plano.

23:19:36 Vou até citar ele na palestra pra ver se sensibilizo kkkk

23:19:41 História dele bacana

Noronha

23:19:43 Kkkkk booooua

Deltan


23:20:01 Mesmo espírito nosso, veja: O desafio qualificado, aliás, é o que mantém a moçada na pilha – e o barco a todo vapor. “Aqui, ninguém pode reclamar de monotonia”, diz, satisfeito. A psicologia reversa faz maravilhas na Neoway. “É só dizer: ‘isso aqui ninguém vai conseguir fazer’, que aparece sempre alguém para resolver. Pode ser que fique três finais de semana trancado numa sala, mas entrega pronto, todo feliz”. Leia mais em Endeavor @ https://endeavor.org.br/historia-jaime-de-paula-neoway/

Procurador Roberson Pozzobon

23:58:16 Valeu, irmanitos!! É nuuui

23:58:31 Que massa!!

Após a palestra para Neoway em 9 de março de 2018, Deltan procurou agendar reunião entre procuradores e representantes da empresa, em outra conversa no aplicativo Telegram

9.mar.2018

Deltan

23:31:25 Caros podem receber a Neoway de bigdata na segunda para apresentar os produtos????

23:31:59 Ou quarta?

10.mar.2018

Noronha

08:18:35 Delta, melhor quinta à tarde. Quer passar nosso contato q combinamos direto?

Deltan

08:45:23 Quinta estarei em POA e como fiz um contato bom aqui valeria estar junto. Eles estão considerando fazer de graça. O MP-MG está contratando com inexigibilidade.

08:46:44 Daria pra readequar a reunião com o Hayashi e começar 13h se conseguirem…

Noronha

08:48:27 Já remarcamos com o Hayashi. E na outra semana? Dia 20?

Deltan

08:56:55 Eu posso, minha única preocupação é perdermos o timing da boa vontade deles rs

08:57:52 Mas entendo. Marcamos dia 20 então?

Noronha

08:59:05 Kkkk a gente ganha eles de novo qdo encontrarmos!

08:59:14 Dia 20, ótimo!

12.mar.2018

Deltan

21:21:41 NEOWAY: Jaime, Pedro e o Edu (Head de produto) irao no dia 20. Precisamos de 1 h de apresentação e de 30 m a 1 h para duvida e simulações. Poderia ser das 14 h as 16 h? Bjs e obrigada

21:21:47 CONFIRMADO

Noronha

21:22:00 Ok!

21:23:11 Massa!!

Pozzobon

21:30:46 Shooooooolede de buela

Cerca de quatro meses após a palestra para Neoway e os primeiros contatos dos procuradores com a empresa, Deltan afirmou em outro diálogo ter descoberto que a firma havia sido citada na delação premiada do operador do PMDB Jorge Luz, condenado por envolvimento em pagamento de propina em contratos da Petrobras e subsidiárias

21.jul.2018

Deltan

11:04:20 Qto isso é ruim? Legalmente não vejo qualquer problema, mas já estou sofrendo por antecipação com as críticas.

11:04:20 Dando uma passada de olhos nos anexos do Luz, vejam o que achei

11:04:20 Empresa de TI que veio apresentar produtos de TI para LJ

11:04:20 Isso é um pepino pra mim. É uma brecha que pode ser usada para me atacar (e a LJ), porque dei palestra remunerada para a Neoway, que vende tecnologia para compliance e due diligence, jamais imaginando que poderia aparecer ou estaria em alguma delação sendo negociada. Quero conversar com Vcs na segunda para ver o que fazer, acho que é o caso de me declarar suspeito e não sei até que ponto isso afeta o trabalho de todos (prov tem que ser redistribuído para colega da PRPR e dai designar todos menos eu para assinar). Pensando rapidamente o que provavelmente poderia fazer ou informar: -Não tinha conhecimento, não participei da negociação -assim que tomei, me declarei suspeito e me afastei -a palestra remunerada é autorizada pelo CNMP e se deu em contexto de mercado (lançamento de produto de compliance) e por valor de mercado -já recusei palestra por conflito de interesses, mas nesse caso não foi identificado -como voltará à baila a questão das palestras, a maior parte das palestras é gratuita e grande parte do valor é doado

Em agosto de 2018, os procuradores discutiram em outro grupo sobre quem poderia trabalhar nos processos do lobista Jorge Luz. O problema da citação do delator à Neoway na colaboração premiada levou à exclusão de Deltan e outros colegas dos casos do operador do PMDB

16.ago.2018

Procurador Paulo Roberto Galvão

12:19:23 vcs nao preferem ficar de fora do luz?

Procuradora Laura Tessler

12:22:17 PG, não tem como colocar todos em todos os casos? e aí a gente faz nossa divisão aqui conforme a disponibilidade de cada um no momento

Galvão

12:22:32 delta nao quer…

12:28:20 problema da neoway, laurinha

Tessler

12:51:13 Ah tá. Esqueci. Achei que era alguma excentricidade da RD não querer incluir todos, kkk

Deltan

12:51:45 Quero distância rs

12:51:49 Acho que Robito e Júlio tb não queriam

Galvão

14:18:10 Je vai passar passar os nomes p a portaria, e ai qual o veredito do luz?

14:19:08 Antes q coloquem todos!

Procuradora Jerusa Viecili

14:21:00 Jerusa Athayde Paulo Laura Isabel Diogo Orlando

14:21:02 Ok?

14:28:29 Já foi

14:28:55 Melhor deixar fora quem teve contato com a neoway

No dia da palestra para a Neoway, Deltan também gravou um vídeo para a empresa destacando o uso de sistemas de dados em investigações e atividades empresariais. Na semana seguinte ao evento, o procurador pediu a ajuda de um assessor da Procuradoria para avaliar o conteúdo da gravação, pois receava parecer um garoto-propaganda da companhia de tecnologia

14.mar.2018

Deltan

09:39:34 A Neoway mandou um vídeo com trechos de entrevista que gravei lá, pedindo autorização para divulgar. Dá uma olhada e me diz o que acha por favor.


Assessor da Procuradoria

09:49:31 Tranquilo

09:49:53 Deu uma engasgada no começo, mas ficou bom.

Deltan

09:50:05 kkk

09:50:48 Fiquei um pouco preocupado porque ficou parecendo que estou vendendo os produtos deles rsrsrs, mas não foi proposital. Dei respostas sinceras às perguntas, mas encaixa perfeitamente com o que eles vendem, que é sistemas de big data rs

Assessor

09:53:05 Sossegado, ficou bom, destacou a questão do papel da tecnologia que foi e é fundamental pra investigação e ainda deu pra passar o recado sobre corrupção no final.

Em março de 2018, Deltan discutiu com colegas um convite para dar palestra remunerada para a Odebrecht Ambiental, empresa do grupo que fez a mais extensa colaboração premiada da Lava Jato

7.mar.2018

Deltan

21:29:19 Caros, temos coisas da ODEBRECHT AMBIENTAL?

21:29:38 Lembram de cabeça? Se não, pesquiso.

Noronha

21:30:56 Sim! Muita coisas; presidente da Ode ambiental, Fernando Reis eh um dos colaboradores

21:31:17 Fraudes em licitações para contratos de saneamento em Municípios

Deltan

21:32:06 ótimo. Fui convidado pra dar palestra remunerada lá e já achava meio conflito de interesses só por ter sido Odebrecht no passado, ainda que não tivesse nada de corrupção, e só ia confirmar se não era preciosismo, mas sua resposta sepulta qualquer dúvida

Noronha

21:33:36 Salvo engano, ela foi vendida com a anuência nossa; poderia parecer q há/houve conflito – anuiu com a venda e agora eh chamado para dar palestra

Pozzobon

21:33:58 Aí é perigo certo Delta

Deltan

21:36:19 Se não estava nos esquemas e fosse vendida, ainda assim, numa primeira reflexão, parecia roubada. Agora, se ela tava envolvida nos esquemas, por qualquer ótica que veja, é desastre certo.

21:36:47 Ainda que não houvesse conflito, esse seria um caso de mulher de César

Deltan enviou à esposa o link de uma reportagem da Folha que informava sobre o fato de a distribuidora de combustíveis Raízen ter sido alvo de uma operação da Polícia Civil do Paraná, e contou que iria cancelar uma palestra para essa empresa

31.jul.2018

Deltan


16:00:46 Raízen é onde eu faria palestra na próxima quitna, em Campinas

16:00:48 Vou cancelar

16:00:54 pra evitar

A transcrição das mensagens manteve a grafia original dos arquivos obtidos pelo The Intercept Brasil

Da FSP