Se houve um partido altamente beneficiado com as tais fake news, foi o PSL. Nesse bolo, é líquido e certo que a influência de notícias ligadas ao tal “kit gay”, defendidas em rede nacional pelo então candidato Jair Bolsonaro e a mais ridícula, “mamadeira de piroca”, tiveram forte influência em camadas sociais mais baixas ligadas diretas aos evangélicos. A questão que surge é: Quem financiou os disparos de SMS e Whatsapp em escala industrial, para criar a onda assustadora na véspera dos pleitos de primeiro e segundo turnos?
O caso é recheado denúncias na mídia velha, incluindo uma série de reportagens da Folha de São Paulo, em que funcionários de empresas de inteligência digital, como a AM4, denunciam o uso de verbas empresariais em financiamentos ilegais de campanha. O mais conhecido é o caso da Havan, que teria pago mais de 12 milhões de reais em envios de mensagens de Whatsapp, pró-Bolsonaro.
Como a Polícia Federal é liderada por Sérgio Moro, cujos princípios éticos são altamente duvidosos, não investigaria uma eleição ao qual teria violado tantos códigos processuais para tentar alcançar seu objetivo. Já o TSE simplesmente optou por sentar sobre o processo que permanece indeterminadamente paralisado. O Ministério Público também parece envolvido na empreitada de Sérgio Moro, é o que mostram os vazamentos da Vaza Jato. A única saída foi a abertura de uma CPI, neste caso, uma CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito).
O PSL, se sentindo ameaçado, não teve saída, após a oposição conseguir as assinaturas para a abertura da CPMI na Câmara e no Senado, a não ser recorrer ao STF. Hoje, representantes do partido de Jair Bolsonaro protocolaram um mandado de segurança que deve ser julgado em breve no supremo, pedindo que a CPMI seja considerada ilegal, é a única e improvável maneira para bloquear a investigação parlamentar.
O resultado da investigação no congresso será enviada ao STF, caso o resultado seja pela abertura de processo e denúncia. Nesse sentido, os congressistas da comissão fazem o papel de Polícia Federal ou de Ministério Público. Agora, é uma questão de tempo.
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