quinta-feira, 4 de julho de 2019

A VILA: OBRA CARENTE DE REFORMA E VALORIZAÇÃO. Por Dinamérico Augusto















Há mais de dez anos, nascia, às margens da BR 226 (Santa Cruz/Natal), uma obra que convencionou-se chamá-la de “VILA DE TODOS”, no bairro 3 a 1, nesta cidade. Anteriormente, naquele local existia uma barragem com água represada, ambiente propício à criação e reprodução de insetos, de variadas espécies, com frequência, de proliferação de muriçocas, cuja praga inferniza a vida da gente, roubando-nos o sono, o sossego e, como se não bastasse, sorvem-nos o sangue, sem dó e sem piedade. Sem falar, e falando, do mosquitinho da dengue, que nos atemoriza constantemente. 

Então, a ideia de construção daquela obra, com aquela estrutura física, fora, à época, genial. Os discursos otimistas à obra eram algo paradoxal. Quer dizer: pobres de eloquência, mas repassavam-nos ricas promessas em locução. 

Por exemplo: que a Vila seria o palco da alegria, do lazer, da arte, da cultura; da geração de renda e ocupação; do encontro preferido das famílias, das gerações; do incremento das atividades turísticas local e da região. Enfim, o marco pontual de valorização e consequente preservação da cultura, nos múltiplos aspectos de sua dimensão. 

Na verdade, foi muito dinheiro público empregado para pouca utilidade, de quase nenhuma atenção. Por falar em dinheiro público, salvo engano, Margareth Tatcher, Ex-Primeira-Ministra Inglesa, dizia: “Não existe dinheiro público. Existe, sim, dinheiro retirado do orçamento doméstico das famílias, do bolso, da mesa de cada cidadão.” 

Voltando à Vila. No caso, esqueceram a lição de que administrar uma cidade não é apenas fazer calçamentos ou obras de pedra e cal. É preciso que se tenha mais espírito púbico; que se valorizem mais os patrimônios histórico e ético, em constante depreciação. 

Afinal, é sempre citada a frase de que “o povo que não tem passado não tem futuro.” 

A propósito, na condição de cidadão amante da Terra Santa de Santa Rita Padroeira, nos permitam, aqui, parafrasear Drª Cristina Hahn, psicóloga e escritora, no texto “AINDA HÁ ESPAÇO”: 

Por que ainda há espaço para os que mentem, se a verdade está no real de cada dia, nas consequências das ilusões propostas, mas jamais cumpridas?!” 

Por que ainda há espaço para os que perdem a fé, se as montanhas têm sido movidas, ainda que a dureza das rochas torne o trabalho mais árduo?!” 

Por fim, alimentamos a esperança de que a Vila, que um dia chamamos “de todos”, seja concluída e reformada na administração Ivanildinho/Glauter, conforme o prometido naquela ocasião. Sob pena de, no futuro, ela não ser de ninguém. 

Obrigado! Até o próximo! 


Dinamérico Augusto de Medeiros


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