O deputado e seus filhos empregaram uma ex-mulher e parentes dela em seus gabinetes, de acordo com reportagem do jornal O Globo
O deputado federal e pré-candidato à Presidência do Brasil Jair Bolsonaro e seus filhos empregaram uma ex-mulher dele e parentes dela em seus gabinetes, de acordo com reportagem publicada hoje no jornal O Globo. Os casos começam em 1998, quando nasceu Jair Renan Bolsonaro, filho do pré-candidato e de Ana Cristina Valle. No mesmo ano, José Candido Procópio, pai de Ana Cristina, foi contratado no gabinete de Jair Bolsonaro, onde ficou até 2000. Três anos depois, ele foi nomeado no gabinete de Flávio Bolsonaro, filho de Jair, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, onde ficou até 2008. Sua exoneração aconteceu somente após a súmula do Supremo Tribunal Federal (STF) que normatizou o nepotismo; casos ocorridos antes disso não podem ser tecnicamente classificados como tal.
Já Andrea Valle, irmã de Ana Cristina, também foi contratada pelo gabinete de Jair Bolsonaro em 1998 e lá permaneceu até 2006. Cerca de dois anos depois, Andrea seria contratada pelo gabinete de Flávio Bolsonaro, onde permanece lotada até hoje, trabalhando em Resende, no Rio de Janeiro. A entrada de Andrea no gabinete de Flávio se deu no mesmo dia em que o pai dela e de Ana Cristina, José Cândido Procópio Valle, foi exonerado. Pela folha salarial de setembro, ela recebe R$ 7,3 mil entre salário e gratificações, além de R$ 1,1 mil em auxílio escolar. O valor líquido recebido por Andrea, depois do desconto de Imposto de Renda e Previdência, foi de R$ 6,5 mil.
O caso não se enquadra na súmula do STF por causa do grau de parentesco com Flavio. A relação entre Jair Bolsonaro e Ana Cristina durou de 1997 até 2007, segundo o deputado federal. Em resposta à reportagem d' O Globo, Jair Bolsonaro afirma que sempre agiu dentro da lei, respeitando a súmula vinculante editada pelo STF, em 2008.
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