O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), 86, chegou às 8h55 desta quarta-feira (20) à sede da Polícia Federal de São Paulo para se entregar e acatar a decisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou que o político comece a cumprir pena em regime fechado.
Em maio deste ano, Maluf foi condenado pela Primeira Turma do STF a 7 anos, 9 meses e 10 dias de prisão em regime inicial fechado. O colegiado também condenou o ex-prefeito de São Paulo a pagar o equivalente a 248 dias-multa, aumentada em três vezes, pelo crime de lavagem de dinheiro.
Maluf foi condenado por dinheiro desviado de obras públicas e remessas ilegais ao exterior, por meio da atuação de doleiros. O deputado foi condenado por ter participado de um esquema de cobrança de propinas na Prefeitura de São Paulo, em 1997 e 1998, que teria contado com o seu envolvimento nos anos seguintes.
O deputado recorreu da decisão do STF, mas perdeu. Ele tentou novo recurso (“embargos infringentes”), negado por Fachin nesta terça-feira (19). Para o ministro, Maluf tenta adiar o início do cumprimento da pena.
“O doutor Paulo, tão logo soube da decisão ontem [terça-feira], disse que ia se entregar imediatamente. Falou em entregar até ontem mesmo. Eu disse que sequer havia qualquer documento para ele se entregar, mas ele disse que tinha que cumprir a ordem do Supremo”, disse Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, um dos advogados de Maluf.
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