terça-feira, 15 de setembro de 2020

FATOS POLÍTICOS DE 60, 70 E 80: CAMPUS DE SANTA CRUZ / INAUGURAÇÃO EM 1981

Campus da UFRN – Sítio Caiçarinha (Santa Cruz) – Inaugurado em 1981.
















Data de 14 de fevereiro de 1981, às 20h, uma noite inesquecível, digna, de fato, de uma rememoração. Os anos se passaram, e ainda tenho na memória os magnos instantes daquela hora, sem que nada me tenha feito esquecer, até hoje, os reluzentes olhares dos patrocinadores do evento, dos seus assistentes e dos futuros beneficiários presentes, notadamente, a representatividade da brava juventude estudiosa da nossa terra, deste torrão que nos servira de berço. 

Na verdade, atravessamos, atualmente, um período de acentuadas dificuldades. Muitos sentindo as dores da angústia e da incerteza. É, realmente, o ocaso de uma época. É preciso, também, imaginarmos que depois de um fim de tarde, vem um novo sol, um novo amanhecer, com a Graça de Deus. Um novo futuro, um novo porvir. 

Exatamente, nessa perspectiva de dias melhores e de um futuro promissor, acontecera aquele evento, no Sítio Caiçarinha, do qual jamais nos divorciaremos, com infinda e legítima aspiração.

Posse de Dinamérico em sua 2ª Gestão à frente do V Nure.
Presentes: Jandir Medeiros (Diretora da Escola Estadual), Prof. Marinho 
(Diretor do Campus da UFRN) e profª Vânia (Diretora do CRUTAC).
Aquela solenidade, sem dúvida, foi um momento de transcendentalidade para a nossa região. A ansiedade e a emoção imprimiram o tom do cerimonial em descrição. A coletividade regional, mediante os seus mais expressivos segmentos, se fez presente: autoridades máximas inerentes à natureza do encontro, entre elas, o Magnífico Reitor Diógenes da Cunha Lima, na condição de autor da proclamada implantação; e autoridades políticas do município e da região, dentre as quais, destaquem-se: Deputado Marcílio Furtado, como responsável pela iniciativa, extasiado com a indiscutível repercussão; Dr. Iberê Ferreira de Souza, Secretário-Chefe da Casa Civil do Governo do Estado, liderança expressiva da região; além de educadores, estudantes e outros segmentos de imprescindível existência e colaboração. 

Sinto-me, deveras, honrado em ter participado daquela noite histórica e apoteótica de Santa Cruz, inclusive para sua indubitável projeção em nível estadual. Fui, e serei sempre, com a Graça de Deus, autor do Projeto de Decreto Legislativo de Concessão do Título de Cidadania Santacruzense, aprovado pela Câmara Municipal, ao Reitor Diógenes da Cunha Lima, quando, naquele momento especial, proferi discurso de saudação e, em seguida, passei às suas mãos o diploma atinente, precedido de plena justificativa daquela proposição. Naquele dado momento, simultaneamente, confesso, pela primeira vez, ter observado uma câmera de televisão focalizando, com exclusividade, para a minha direção. 

Após a solenidade oficial, houve um jantar especial, servido na residência do Dr. Jair Eloy de Souza, no Centro da cidade. Presencialmente, registramos: o Reitor Diógenes e comitiva; autoridades políticas, judiciárias, eclesiásticas, militares e educacionais; e demais convidados àquele garboso ágape. Uma acurada recepção. 

Evidentemente, fazia parte da comitiva do Magnífico a professora Maria José Delgado, na condição de Coordenadora Geral dos Campi Central e do Interior, esposa do juiz Federal Dr. José Augusto Delgado, cuja vida profissional exitosa iniciou-se em um escritório em parceria com o Dr. Diógenes da Cunha Lima, à Rua Presidente Quaresma, próximo à tradicional feira do Alecrim, Natal, há mais de 50 anos, então. Quanto à coordenadora, profª Maria José, era uma profissional de inquestionável competência. Na singularidade do seu carisma e empatia, dizia que gostava do Campus de Santa Cruz; era como se fosse seu filho mais novo, o caçula da UFRN, na ocasião.

Dinamérico fazendo a locução do Desfile de 7 de Setembro 
ao lado do então Prefeito de Santa Cruz, Gilson Andrade.
Informo, por oportuno, que o Dr. Jair Eloy de Souza foi o primeiro Diretor do Campus Avançado de Santa Cruz, consensualmente indicado, que teve destacada atuação. 

O NEST – Núcleo de Ensino Superior do Trairi – iniciou suas atividades em Santa Cruz, oferecendo três cursos superiores: Letras, Pedagogia e Ciências Contábeis; os quais, segundo pesquisas realizadas preliminarmente, atendiam, na época, à vocação da região. Ou seja: os cursos referenciados foram democraticamente implantados pela UFRN na região do Trairi. 

Na próxima edição, descreverei sobre a trajetória do NEST – Campus Avançado de Santa Cruz – das conquistas inerentes, bem como dos problemas que obstaram a sua consolidação em nível de Trairi, na década de 80. 

Percorri, também, as veredas de acesso à estrada dos anos iniciais da década de 90, período sombrio de fechamento do Campus local, conforme malfadada portaria, que, em breve, mencionarei; bem como da iminência de fechamento do CRUTAC, à época, cuja possibilidade aventada, gerou inconformismo dentro e fora da UFRN, de acordo com documentos e declarações constantes do meu modesto acervo, os quais publicarei, oportunamente. 

Há tempo pra tudo. “Há tempo de se caminhar, recuando; e tempo de se recuar, sem abandonar a caminhada iniciada.” 

Um quilo de paciência vale mais do que uma tonelada de discurso.” (Gandhi) 

Até o próximo, se Deus quiser!



Santa Cruz/RN, 15 de setembro de 2020.
Dinamérico Augusto de Medeiros


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