O dólar e os juros futuros disparavam nos primeiros negócios desta quinta-feira (21), com a moeda norte-americana superando R$ 5,66. Na abertura da sessão, a moeda norte-americana saltava 1,81%, a R$ 5,6629, às 9h11, após máxima de R$ 5,6753.
A alta é motivada por uma reação do mercado depois do indicativo de derrota do ministro da Economia, Paulo Guedes, na batalha contra os planos de romper o teto de gastos com o pagamento do Auxílio Brasil, programa idealizado para substituir o Bolsa Família, no valor de R$ 400.
Guedes disse que o governo avalia se o benefício temporário que irá vitaminar o novo Bolsa Família será pago fora do teto, o que demandaria uma licença para um gasto de cerca de R$ 30 bilhões, ou se haverá opção por uma mudança na regra constitucional do teto de gastos para acomodá-lo.
O chefe da Economia afirmou ainda que caberá ao relator da PEC dos Precatórios, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), viabilizar uma fórmula que garanta o pagamento de um benefício social de R$ 400 em 2022 respeitando o arcabouço fiscal do país.
Para piorar, o BC (Banco Central) não anunciou venda líquida de dólares — seja na forma de swap cambial, seja de moeda física — para esta quinta, mas dada a disparada do dólar agentes financeiros não descartam que a autoridade monetária intervenha de surpresa no mercado.
E o exterior tampouco ajuda, num dia de queda das bolsas de valores e de moedas emergentes, em meio a renovados temores relacionados ao mercado imobiliário chinês. Os juros futuros também apresentam forte aumento nos prêmios, com o DI com prazo de vencimento em janeiro 2025 avançando 60 pontos percentuais, a 11,5% ao ano.
R7
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