Acostumada a ter sua gestão constantemente avaliada por políticos aliados e opositores, a governadora Fátima Bezerra (PT) fez uma análise crítica dos seus primeiros mil dias à frente do Rio Grande do Norte. Citou o caos financeiro e inúmeras dificuldades que destruíam o Estado, as decisões tomadas para reverter pontos colapsados e, confiante, lembrou que apesar do caos econômico do Estado, não titubeou em deixar a tranquilidade que poderia ter com mais quatro anos no Senado.
“Aos mil dias de governo, é possível constatar o quanto foi feito para que hoje tenhamos um Rio Grande com Norte pronto para se desenvolver cada vez mais. Era preciso tirar o Estado do buraco. Equilibrar contas. Pagar salários, fornecedores. Barrar a crescente onda de violência. Resolver graves problemas administrativos. Enfrentar uma fila de milhares de cirurgias. Montamos um secretariado com perfil técnico, profundamente conhecedores das áreas em que iriam atuar e com sensibilidade social e política. Não ter aberto mão desse perfil foi um grande acerto”, afirmou.
Fátima falou das ações desenvolvidas na área econômica, com quitação de três, das quatro folhas salariais em atraso do funcionalismo público, a modernização da política de incentivos fiscais para os setores de indústria, comércio e serviços, geração de empregos e renda. Para ela, isso fez com que o Estado se tornasse mais atrativo, competitivo e produtivo.
“Saiu da estagnação e da decadência em que se encontrava. Realizamos melhorias e ampliação do sistema de abastecimento d’água e retomamos as obras da barragem de Oiticica. Elaboramos o programa de convivência com o semiárido. Investimos em estradas, recuperando mais de 3 mil km de malha viária. Seguimos sendo o Estado líder no país em energia eólica, com mais de 190 parques em operação e captação de R$ 6,5 bilhões em projetos de energias renováveis só no 1º semestre deste ano”, enfatizou.
Sobre a pandemia do Covid-19, iniciada em março de 2020, citou as medidas adotadas pelo Estado, e muitas vezes incompreendidas por muitos, para diminuir a transmissão do vírus, as medidas para diminuir os efeitos econômicos e sociais, investimento na rede própria de leitos SUS, contratação de 4,6 mil profissionais de saúde. Ainda citou o resgate do Hospital da Mulher em Mossoró e o programa estadual de cirurgias, suspenso por causa da pandemia e retomado recentemente, com planos para realizar dez mil cirurgias até o fim do ano.
Na área Segurança Pública, Fátima lembrou a reestruturação de carreiras, concursos públicos, investimentos em equipamentos e viaturas, delegacia virtual e especializadas em violência contra mulher, além do recém-criado Departamento de Proteção a Grupos em Situação de Vulnerabilidade na Polícia Civil, com foco nas mulheres, população negra, LGBTQ+, idosos, crianças e pessoas com algum tipo de deficiência.
“Temos muito ainda a fazer, mas não nos falta seriedade, trabalho e disposição. O Rio Grande do Norte está preparado. Se chegamos até aqui com crise econômica, crise sanitária e uma inegável crise política em plano nacional, muito mais podemos e vamos fazer agora que recuperamos a capacidade de investimento do Estado. São mil dias de muito trabalho, cuidado e respeito com o povo potiguar”, finalizou a governadora.
Agora RN
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