quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Governadora do RN anuncia investimento milionário em reforma de hospitais

 

O primeiro dia de atuação da gestão estadual em Mossoró, onde ficará instalada a sede do governo Fátima Bezerra (PT) até esta quinta-feira (30), foi marcado pelos anúncios de melhorias estruturais do Hospital Regional Tarcísio Maia e do Hemocentro da cidade. A governadora detalhou parte dessas ações que devem causar impacto significativo na qualidade dos serviços de saúde no Oeste do Rio Grande do Norte durante entrevista à Rádio Difusora de Mossoró, nesta terça-feira (28).

Fátima anunciou o investimento de mais de R$ 10 milhões somente nas obras de reforma e ampliação do Hospital Tarcísio Maia, referência no atendimento de urgência e emergência no Oeste potiguar. A governadora também assinou a ordem de serviço para melhorias no Hemocentro de Mossoró, responsável pelo abastecimento de unidades de saúde em 27 municípios na região.

Ela citou o papel da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e do secretário Cipriano Maia no diálogo com os prefeitos da região e a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), sobre o Hospital da Mulher, em construção. “Será o maior equipamento de assistência à saúde das mulheres no Estado e um hospital escola, campo de estágio. Isso é maravilhoso. A Uern já está participando, com as demais universidades, de todo processo de discussão do modelo de gestão que será implantado na unidade, cuja expectativa é entregar até outubro de 2022”, afirmou.

A governadora abordou o investimento na ordem de R$ 18 milhões no Programa Estadual de Cirurgias, suspenso ano passado por causa da pandemia do Covid-19 e que será retomado na próxima semana, com meta de realizar 1,5 mil cirurgias mensais nas áreas geral, ginecológica, ortopédica e vascular. O objetivo é zerar a fila de espera que conta com mais de 18 mil procedimentos em atraso.

O Hospital Regional Tarcísio Maia deve iniciar na próxima semana as cirurgias ortopédicas. Em Apodi, serão feitas cirurgias ginecológica, geral e vascular e, em Assú, que já iniciou, teremos operações ginecológicas, geral e ortopédicas. Estamos investindo R$ 18 milhões e vamos acelerar a realização dessas cirurgias porque são vidas, são pessoas sem plano de saúde que precisam da ação do Estado. Pedi prioridade máxima ao secretário Cipriano Maia, que junto com a sua equipe, tem se empenhado em reduzir essa fila até zerá-la”, disse Fátima.

Sobre os débitos relativos aos hospitais de Mossoró que atuam na área de Oncologia, que sugeriu paralisar os serviços de imagem e quimioterapia, a governadora explicou que irá regularizar as dívidas com fornecedores e prestadores de serviço em breve. “A situação em que encontramos o Estado foi muito dramática, com R$ 125 milhões em dívidas somente com fornecedores na Saúde, mesmo tendo recebido mais de R$ 400 milhões do governo federal à época, para a área. Trabalhamos com o máximo de esforço para resolver os problemas”, disse.

Fátima afirmou que, ao contrário do que aconteceu em 2020, o Rio Grande do Norte não recebeu um único centavo adicional do governo federal para a manutenção dos leitos de UTI. “Não foi e não tem sido fácil enfrentar uma pandemia dessa magnitude, numa conjuntura nacional com toda essa instabilidade e um presidente que deu as costas para a Ciência, que não acreditou na vacina e demorou a adquirir os imunizantes, que debochou da máscara, incentivou aglomerações, receitou remédios sem comprovação científica e tudo mais que contribuiu para agravar ainda mais essa tragédia e estamos chegando a 600 mil vidas perdidas para uma doença que hoje tem vacina”, disse.

Ela agradeceu aos profissionais de saúde potiguares e à população que atendeu ao chamado para a vacinação contra a Covid-19. Lembrou a rede de assistência montada com mais de 850 leitos em meio a uma crise de desabastecimento grave, os protocolos sanitários adotados e celebrou os marcos de 90% da população vacinada com a primeira dose e os 50% dos imunizados com as duas doses previstas até o momento pelo Ministério da Saúde e a imunização das pessoas acima de 12 anos.

As medidas adotadas foram um pouco duras em alguns momentos e paguei o preço por isso, mas eu estava na minha responsabilidade, como maior autoridade do Estado, de zelar pela saúde e pela vida do potiguar. Tenho uma imensa gratidão a todos os profissionais de saúde, não foi fácil, eles arriscaram suas próprias vidas para salvar as vidas dos potiguares. Estou muito feliz porque o Rio Grande do Norte caminha para ser um dos primeiros estados do país a decretar o fim da pandemia. Até lá, é fundamental manter o senso de responsabilidade coletiva, solidária, cumprindo os protocolos de uso de máscara, distanciamento, para não termos um retrocesso”, finalizou a governadora.

Agora RN



Nenhum comentário:

Postar um comentário