O primeiro dia de atuação da gestão estadual em Mossoró, onde ficará instalada a sede do governo Fátima Bezerra (PT) até esta quinta-feira (30), foi marcado pelos anúncios de melhorias estruturais do Hospital Regional Tarcísio Maia e do Hemocentro da cidade. A governadora detalhou parte dessas ações que devem causar impacto significativo na qualidade dos serviços de saúde no Oeste do Rio Grande do Norte durante entrevista à Rádio Difusora de Mossoró, nesta terça-feira (28).
Fátima anunciou o investimento de mais de R$ 10 milhões somente nas obras de reforma e ampliação do Hospital Tarcísio Maia, referência no atendimento de urgência e emergência no Oeste potiguar. A governadora também assinou a ordem de serviço para melhorias no Hemocentro de Mossoró, responsável pelo abastecimento de unidades de saúde em 27 municípios na região.
Ela citou o papel da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) e do secretário Cipriano Maia no diálogo com os prefeitos da região e a Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), sobre o Hospital da Mulher, em construção. “Será o maior equipamento de assistência à saúde das mulheres no Estado e um hospital escola, campo de estágio. Isso é maravilhoso. A Uern já está participando, com as demais universidades, de todo processo de discussão do modelo de gestão que será implantado na unidade, cuja expectativa é entregar até outubro de 2022”, afirmou.
A governadora abordou o investimento na ordem de R$ 18 milhões no Programa Estadual de Cirurgias, suspenso ano passado por causa da pandemia do Covid-19 e que será retomado na próxima semana, com meta de realizar 1,5 mil cirurgias mensais nas áreas geral, ginecológica, ortopédica e vascular. O objetivo é zerar a fila de espera que conta com mais de 18 mil procedimentos em atraso.
“O Hospital Regional Tarcísio Maia deve iniciar na próxima semana as cirurgias ortopédicas. Em Apodi, serão feitas cirurgias ginecológica, geral e vascular e, em Assú, que já iniciou, teremos operações ginecológicas, geral e ortopédicas. Estamos investindo R$ 18 milhões e vamos acelerar a realização dessas cirurgias porque são vidas, são pessoas sem plano de saúde que precisam da ação do Estado. Pedi prioridade máxima ao secretário Cipriano Maia, que junto com a sua equipe, tem se empenhado em reduzir essa fila até zerá-la”, disse Fátima.
Sobre os débitos relativos aos hospitais de Mossoró que atuam na área de Oncologia, que sugeriu paralisar os serviços de imagem e quimioterapia, a governadora explicou que irá regularizar as dívidas com fornecedores e prestadores de serviço em breve. “A situação em que encontramos o Estado foi muito dramática, com R$ 125 milhões em dívidas somente com fornecedores na Saúde, mesmo tendo recebido mais de R$ 400 milhões do governo federal à época, para a área. Trabalhamos com o máximo de esforço para resolver os problemas”, disse.
Fátima afirmou que, ao contrário do que aconteceu em 2020, o Rio Grande do Norte não recebeu um único centavo adicional do governo federal para a manutenção dos leitos de UTI. “Não foi e não tem sido fácil enfrentar uma pandemia dessa magnitude, numa conjuntura nacional com toda essa instabilidade e um presidente que deu as costas para a Ciência, que não acreditou na vacina e demorou a adquirir os imunizantes, que debochou da máscara, incentivou aglomerações, receitou remédios sem comprovação científica e tudo mais que contribuiu para agravar ainda mais essa tragédia e estamos chegando a 600 mil vidas perdidas para uma doença que hoje tem vacina”, disse.
Ela agradeceu aos profissionais de saúde potiguares e à população que atendeu ao chamado para a vacinação contra a Covid-19. Lembrou a rede de assistência montada com mais de 850 leitos em meio a uma crise de desabastecimento grave, os protocolos sanitários adotados e celebrou os marcos de 90% da população vacinada com a primeira dose e os 50% dos imunizados com as duas doses previstas até o momento pelo Ministério da Saúde e a imunização das pessoas acima de 12 anos.
“As medidas adotadas foram um pouco duras em alguns momentos e paguei o preço por isso, mas eu estava na minha responsabilidade, como maior autoridade do Estado, de zelar pela saúde e pela vida do potiguar. Tenho uma imensa gratidão a todos os profissionais de saúde, não foi fácil, eles arriscaram suas próprias vidas para salvar as vidas dos potiguares. Estou muito feliz porque o Rio Grande do Norte caminha para ser um dos primeiros estados do país a decretar o fim da pandemia. Até lá, é fundamental manter o senso de responsabilidade coletiva, solidária, cumprindo os protocolos de uso de máscara, distanciamento, para não termos um retrocesso”, finalizou a governadora.
Agora RN
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