Em uma Sessão de Câmara de Vereadores quem deve usar a palavra, um vereador eleito democraticamente pelo o povo ou um Deputado Estadual? Lógico, o vereador.
Mas na política de Santa Cruz/RN, capital do Trairi, no Rio Grande do Norte, desde que Tomba chegou ao poder não existe essa de lógica. Existe o que ele quer e mais uma vez foi assim na sessão de abertura dos trabalhos legislativo, ocorrida na noite de ontem (28/02), diante de uma multidão que foi protestar por água na cidade.
Sabendo da enorme mobilização popular que lotaria o Calçadão, como de fato lotou, o presidente da Câmara Fábio Dias, aliado de primeira hora de Tomba e, provavelmente, seu candidato a prefeito na eleição municipal de 2024, não contou história, tentou armar um circo dentro do plenário da casa, visando apagar as vozes do povo, o que não conseguiu.
Duas estratégias foram aplicadas: uma, fechar o plenário para o povo, deixando só a plateia da situação que com gritos de apoios e aplausos, tentavam animar as autoridades impactadas pelo grande ato do povo, no lado de fora, outra, foi negar a palavra aos vereadores e passa-la para o deputado Tomba fazer um discurso politiqueiro e arrogante, desrespeitando os vereadores.
Fazendo o que o presidente Fábio Dias, deveria fazer e não fez, o vereador Josemar Bezerra, bateu na mesa e exigiu respeito. Com firmeza na voz falou que Fábio Dias estava rasgando o Regimento Interno da Casa, para atender os desejos do deputado Tomba.
Josemar gritou em alto e bom tom que ali era a Câmara de Vereadores, não a Assembleia Legislativa.
Há 22 anos em Santa Cruz é assim, fazem o que querem e o que não querem. Só não é obrigado ninguém aguentar calado ou é?
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