quarta-feira, 12 de julho de 2023

Mercado financeiro muda, passa a apoiar Haddad e 100% apostam em queda de juros, diz pesquisa Genial/Quaest

 

O mercado financeiro passou por uma mudança radical na avaliação do governo, da política econômica, mas sobretudo sobre o desempenho do ministro Haddad. Uma pesquisa da Genial/Quaest, divulgada nesta manhã de quarta, mostra que 65% dos entrevistados do setor financeiro acham positivo o trabalho do ministro da Fazenda. Eram 26% em maio e 10% em março. Agora, só 11% avaliam Haddad negativamente.

O levantamento foi feito pela Genial/Quaest com 94 gestores, economistas, analistas e tomadores de decisão do mercado financeiro de fundos de investimento com sede no Rio de Janeiro e São Paulo entre os dias 6 e 10 de julho.











Essa pesquisa já foi feita três vezes este ano. No começo, a avaliação do governo era horrorosa. Em março, 90% avaliavam negativamente o governo Lula e nenhum, zero mesmo, avaliava positivamente. Agora o negativo caiu para 44%, o positivo subiu para 20% e 36% acham que é regular.










A opinião sobre a política econômica também mudou: se em março 98% achavam que estava indo na direção errada, agora são 53%. Os que achavam que estava no rumo certo eram apenas 2% na primeira pesquisa. Agora são 47%.










Questionados sobre a expectativa em relação à economia nos próximos 12 meses, os representantes do mercado se mostram otimistas pela primeira vez nas três pesquisas realizadas pela Quaest. No primeiro levantamento, 78% achavam que ia piorar, agora são 21%. Já os que acham que vai melhorar passaram de 6% em março para 53% em julho.

A decisão de manter a meta de inflação, tomada pelo Conselho Monetário tem amplo apoio: 94% concordaram com a decisão de manter e 81% consideram positiva a adoção da meta-contínua.

O Banco Central e Roberto Campos Neto mantêm a boa avaliação que sempre tiveram do mercado, com algumas mudanças interessantes. A última decisão do Copom de manter a Selic a 13,75% foi a decisão certa para 87% . Mas em março era apoiada por 95%. Agora 13% acham que foi errada e em março, apenas 5% discordavam do BC.

A maioria (55%) avaliou que o tom da ata após a reunião do Copom foi otimista, 37% acham que foi neutro e só 10% acham que foi pessimista. Isso significa que a maioria espera que haja queda da Selic, já que avaliam que o tom foi otimista. Boa é a resposta à pergunta: “Você acredita que a taxa Selic cairá ainda este ano?” A resposta é 100% acham que sim. E mais: 92% acham que cai agora na próxima reunião, nos dias 1 e 2 de agosto.

No levantamento, 86% avaliam a atuação de Roberto Campos Neto como positiva este ano, e 7% acham negativa. No entanto, se dizem preocupados com a futura indicação do presidente Lula à presidência do BC: 71% se dizem muito preocupados e 27% pouco preocupados. Gabriel Galípolo, que toma posse nesta quarta-feira como diretor de Política Monetária do Banco Central, é apontado como possível candidato ao cargo de Campos Neto após o fim do seu mandato, em dezembro de 2024.




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