O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta terça-feira (23) que estender o auxílio emergencial de R$ 600 por mais um ou dois meses não vai “quebrar” o país financeiramente. “É exagero de quem diz isso”, disse o parlamentar em videoconferência promovida pela Câmara de Comércio França-Brasil.
A fala de Maia é diferente do que disse o presidente Jair Bolsonaro. Nesta segunda-feira (22), ele afirmou que a União “não aguentaria” continuar pagando o auxílio de R$ 600 e que as próximas parcelas terão valor reduzido.
Antes, o presidente já havia dito que vetaria eventual proposta do Congresso Nacional que estipulasse o pagamento pelo governo federal de mais duas parcelas do benefício com o valor atual. O Ministério da Economia defende que o auxílio seja estendido por dois meses, mas com parcelas de R$ 300.
Para o presidente da Câmara, é necessário pensar em um “grande programa com foco na renda dos mais vulneráveis”. No entanto, Maia fez a ressalva de que pagar os R$ 600 por tempo indeterminado seria “inviável”.
Ele criticou o cadastro utilizado pelo governo federal para o pagamento do auxílio emergencial, que “gerou confusão” e não aproveitou os dados já detidos pelos municípios. Na avaliação do parlamentar, a União deveria pensar em um pente fino na lista dos beneficiados pelos R$ 600 para eliminar aqueles que não precisam da quantia ou o receberam indevidamente
Maia ressaltou a necessidade de organizar esses desembolsos “no curto prazo” e, depois, estudar a criação de uma renda mínima aos mais vulneráveis baseada no cadastro único do INSS e na lista de beneficiários do Bolsa Família.
Jovem Pan
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