terça-feira, 3 de maio de 2022

Alunos da Escola João Ferreira tem participação inviabilizada e LGBTQIA+ tem participação cultural negada na Conferência Municipal Saúde Mental e Lara Bianck se posiciona!

 

Na última quinta-feira dia 28 de Abril aconteceu a Conferência de Saúde do município de Santa Cruz/RN, realizada no Auditório da FACISA/UFRN Campus de Santa Cruz

Durante a realização do evento acabou ocorrendo algumas situações que causou indignação entre o público que prestigiava o evento, situações essas como a inviabilização da participação dos alunos da Escola Estadual João Ferreira que estavam acompanhados pelo Professor Crisanto Dantas, onde a organização do evento não permitiu que os alunos da escola citada, entrassem no Auditório FACISA/UFRN para participarem do evento restringindo a participação dos alunos fora do auditório onde os mesmos puderam participar do evento de forma limitada ouvindo tudo que acontecia através de uma caixa de som instalada fora do auditório para que os alunos participassem de fora do local onde as discussões da Conferência de Saúde Mental acontecia.

Um outro fato que causou indignação foi a negativa da participação cultural do segmento LGBTQIA+ que pretendia realizar uma apresentação lúdica através da dança e música em forma de que seria interpretada pela Muher Trans artista Eshyle Carolayne representante da Atreva-se e que sua performance buscava abordar o preconceito, estigma em que várias mulheres e demais LGBTQIA+ vivenciam e que acabam cometendo suicídio contra a própria vida e estão vulneráveis aos atentados de assassinatos. A apresentação buscava homenagear justamente os LGBTQIA+ vítimas de suicídios e assassinatos no município de Santa Cruz/RN, porém nada disso foi possível realizar em um evento que se discutia a temática de saúde mental.

A Presidente da Atreva-se Lara Bianck indignada com tudo isso pediu fala no evento assim que abriu- se para as abordagens de dúvidas, questionamentos e contribuições aos evento e expressou seu desabafo e indignação que pegou a todas as pessoas presentes de surpresa.

E a própria Lara Bianck publicou o ocorrido em suas redes sociais com o vídeo de sua fala na Conferência Municipal Saúde Mental, seguida de um texto.

Veja a seguir o relato da Sra. Lara Bianck junto ao vídeo de sua fala expressando sua indignação:

"Na manhã desta quinta-feira participando da Conferência Municipal de Saúde Mental pude expressar minha indignação da invisibilidade e violação de direitos que sofremos parte da Secretária de Saúde Cássia Penha por negar espaço para que o nosso segmento pudesse realizar uma intervenção artística na programação cultural da Conferência de Saúde Mental.

Intervenção essa que buscava mostrar através da arte da expressão corporal e musical, a violência física e mental que muitos LGBTQIA+ sofrem vítimas do suicídio e assassinatos Causado pelo preconceito e discriminação da LGBTIFOBIA, além de buscar homenagear nossos (as) colegas LGBTQIA+ que perderam suas vidas para o suicídio e outros ou outras que foram assassinadas de forma trágica e cruel e que esse direito a nós foi negado.

Uma outra situação que também me causou uma grande indignação durante a realização da Conferência foi não permitirem a entrada que os alunos da escola João Ferreira do Bairro do Paraíso que estavam todos acompanhados do seu Professor Crisanto Dantas, no Auditório da FACISA de Santa Cruz/RN, onde acontecia as discussões sobre a Saúde Mental e que os alunos da turma do Professor Criasanto foram participar do evento justamente por causa da temática proposta pelo evento em razão de terem perdidos dois de seus colegas de classe para o suicídio. Sendo que um deles foi o jovem Professor de dança, negro, gay morador do bairro periférico - Paraíso o Fábio Luiz .

É lamentável que alunos da escola João Ferreira localizada em bairro Periférico como o bairro do Paraíso no município de Santa Cruz/RN que perderam colegas para o suicídio tenham sua participação de forma limitada ao lado de fora do auditório negando a entrada dos mesmos quando se tem várias cadeiras várias dentro do auditório que dava para adequar os locais de acendo para a garantia de participação deste público que é um dos alvos principais desse tipo de discussão.

Pergunto - me como é que se constrói uma política de Saúde Mental desta forma excluindo seus públicos prioritários da participação das intervenções artísticas da programação cultural do evento e do próprio espaço de discussão da Conferência?"

Relatou a Lara Bianck em sua redes sociais na página do seu Facebook!




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