Na ânsia de representar o bolsonarismo na disputa pela presidência do Senado, o senador eleito Rogério Marinho (PL) deu uma entrevista ao portal Poder 360 no mínimo problemática para quem tantos problemas no judiciário.
Rogério é conhecido por operar bem nos bastidores e foi assim que ele conseguiu se livrar temporariamente do processo em que acusado de comandar um esquema de servidores fantasmas quando foi presidente da Câmara Municipal do Natal nos anos 2000.
Após um final de semana no litoral potiguar em que o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli foi recebido pelo então ministro das comunicações Fábio Faria (PP), o magistrado suspendeu o processo que estava em vias de ser julgado e poderia deixar Marinho inelegível.
Três meses depois, Rogério estava livre do processo ao menos em tempo suficiente para não ficar inelegível.
Some-se a isso dois processos de abuso de poder econômico e político contra Rogério que tramitam no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e devem chegar aos tribunais superiores.
Mesmo com essa fragilidade jurídica, Rogério decidiu bater de frente com o judiciário dizendo que é preciso conter excessos do STF em um contexto em que a corte está sendo alvejada por golpistas que tocaram terror nas sedes dos três poderes no dia 8 de janeiro.
Rogério adotou um discurso longe de ser conciliador e que coloca o próprio senador eleito em risco pelo cenário de paralisação de ações via articulação política. Em vez de firmar compromisso com a democracia o senador eleito segue abraçado com o bolsonarismo mesmo tendo telhado de vidro.
Rogério é um sujeito corajoso, não posso negar.
Veja a entrevista de Rogério:
Blog do Barreto
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