O presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta terça-feira, 8, que está ansioso para “entregar o bastão” e ser livre para fazer atividades cotidianas de seu interesse, como ir à praia e pescar. Entretanto, o mandatário disse temer o rumo que o País teria seguido na pandemia se outra pessoa estivesse em seu lugar no Planalto. Possivelmente fazendo referência ao Partido dos Trabalhadores, que chegou à disputa do segundo turno em 2018 com Fernando Haddad, o chefe do Executivo disse haver “uma ideologia, uma gangue, uma quadrilha” tentando “roubar a liberdade” da população.
“Eu não vejo a hora de um dia entregar o bastão da Presidência para poder ir à praia, tomar um caldo de cana na rua, voltar a pescar na baía de Angra, ter paz”, afirmou, ponderando que, segundo ele, o País teria consequências ruins se outra pessoa ocupasse seu cargo. As declarações foram feitas durante encontro com líderes evangélicos no Palácio da Alvorada.
“Mas eu creio que uma coisa fala por tudo isso aí: quem estaria no meu lugar se a facada fosse fatal? Como estaria o Brasil com essa pandemia? Nem vou falar sobre desvios; se alguém entrar nessa casa e me roubar tudo, vou ficar chateado (…), mas isso você pode recuperar; mas se esse partido, essa ideologia, essa gangue, essa quadrilha roubar a nossa liberdade, aí complica a situação”, continuou o presidente.
Bolsonaro também disse haver “milhares” de pessoas melhores que ele para a Presidência da República. “Existe gente melhor do que eu? Milhares, mas, na oportunidade do momento, o nome que sai é o meu”.
Na tarde desta terça-feira, no Alvorada, Bolsonaro promoveu uma recepção a chefes de igrejas pentecostais e neopentecostais na residência oficial, ao lado da primeira-dama Michelle Bolsonaro e de ministros. O movimento serviu como uma espécie de oficialização do apoio das igrejas presentes à reeleição do presidente. A aproximação partiu de uma iniciativa da Presidência da República, depois que líderes religiosos manifestaram distanciamento do presidente, dizendo que não queriam se engajar na campanha, como revelou o Estadão.
Blog da Cidadania
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