Na reta final de sua viagem ao México, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva discursou nesta quinta-feira (3) na Câmara dos Deputados daquele país, onde defendeu tratados de integração e voltou a criticar o conflito entre Rússia e Ucrânia. “A humanidade precisa entender que a única guerra verdadeiramente justa é a guerra contra a desigualdade. E no entanto, alguns seres humanos em posição de poder fazem de tudo para produzir ainda mais desigualdade e mais sofrimento”, afirmou.
Lula afirmou que, em 13 anos de governos petistas foi feita uma “revolução pacífica” no Brasil. “Conjugamos desenvolvimento com inclusão social, estabilidade econômica, respeito pleno ao Estado de direito, aos direitos humanos e às liberdades individuais e coletivas. Governamos para todos, mas construindo políticas públicas voltadas especialmente para os mais pobres.”
Bush e Putin
Quando ainda estava à frente do governo, lembrou, o então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pediu a Lula apoio do Brasil na invasão ao Iraque. Ele respondeu negativamente, dizendo que a única guerra que o interessava era conta a fome. “Se o presidente Putin tivesse pedido meu apoio para invadir a Ucrânia, eu diria a ele a mesma coisa”, acrescentou o ex-presidente.
“Sou e serei contra todas as guerras e contra toda e qualquer invasão de um país por outro país, seja no Oriente Médio, na Europa, na América Latina, no Caribe, na África, em qualquer lugar do planeta. Defendo e defenderei até o fim a paz e a soberania de cada nação diante de agressões externas”, disse ainda Lula. As críticas foram dirigidas não apenas à Rússia: “É inadmissível que um país se julgue no direito de instalar bases militares em torno de outro país. É absolutamente inadmissível que um país reaja invadindo outro país”.
Brasil de Fato
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