Nesta terça-feira, 05, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), prevê autorização da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Ministério da Educação, em relação ao gabinete paralelo da pasta.
Pacheco, marcou um encontro com líderes partidários para discutir a abertura da CPI nesta terça, 05, às 9h
Segundo o presidente, ele vai ler o requerimento de instalação no mesmo dia no plenário. Além disso, a participação de de senador para adicionar ou retirar as assinaturas de apoio à investigação até meia-noite, foi estabelecida. Esse processo da CPI só começa depois da indicação dos membros pelos líderes partidários.
A intenção é analisar o esquema de distribuição de verbas e controle da agenda do Ministério Educação. Gilmar Santos e Arilton Moura tinham o controle sobre a atuação do ex-ministro Milton Ribeiro, por meio de reuniões com prefeitos e realizavam a propina em troca de liberação de recursos da educação para prefeituras. Os três já foram presos e também liberados pela Justiça.
“O que não pode é deixar de investigar, sobretudo depois do argumento de que em ano eleitoral não pode ter CPI. Por que não pode?”, disse o senador Renan Calheiros (MDB-AL), que se licenciou o mandato, mas está na preparação para voltar a vaga para compor a CPI.
Após a leitura do requerimento, o governo tentará adiar a instalação da CPI do MEC para depois das eleições. A estratégia é convencer os líderes do Senado a não colocar a investigação em funcionamento no período eleitoral e evitar desgastes ao presidente Jair Bolsonaro, que tentará a reeleição no cargo.
Também foi apresentado três pedidos de CPI na mesa de Pacheco: um para investigar obras paralisadas nos governos do PT, um terceiro para apurar a atuação de organizações não-governamentais na Amazônia e outro sobre crimes nas fronteiras.
“O sensato é deixar para depois (da eleição) para que não se faça palanque eleitoreiro, mas também porque a maioria vai estar envolvida em campanhas nos seus estados”, disse o senador Plínio Valério (PSDB-AM), autor sobre instalação da CPI na Amazônia.
O presidente do Senado , disse em investigação que obras paradas estão juntas na apuração ao gabinete paralelo do Ministério da Educação na mesma CPI, por pedido dos governistas. Em relação a defesa do CPI, no entanto, não querem coligação, e provavelmente, vão se posicionar contra.
“A bancada do MDB vai defender a instalação, mas cada uma tem fatos específicos próprios”, disse Eduardo Braga (AM), o líder do MDB.
Além disso, foi pensando uma CPI especifica para obras paradas.
“Eu espero que minha CPI das obras inacabadas seja aberta. Se for abrir, tem que abrir tudo. São fatos diferentes, governos diferentes, tempos diferentes e não vejo viabilidade disso (juntar os pedidos)”, afirmou Carlos Portinho (RJ), o líder do governo no Senado.
As informações são do Estadão.
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