As dificuldades para fomentar um dos segmentos culturais mais importantes do Rio Grande do Norte, as quadrilhas juninas, foram discutidas, com soluções alternativas, na Assembleia Legislativa, em audiência pública promovida pelo deputado estadual Fernando Mineiro (PT).
“As quadrilhas juninas são uma das maiores expressões da cultura nordestina e potiguar, mas não há políticas públicas para apoiar essa atividade. O objetivo da audiência é discutir o tema e encontrar soluções”, ponderou o deputado propositor da audiência.
Convidado para dar sua contribuição, o vereador Fernando Lucena (PT) criticou a postura da Prefeitura do Natal e do Ministério Público, que, segundo ele, não apoiam adequadamente e oferecem, no caso do MP, resistência sobre horários para as programações juninas.
Para Akalison de Araújo, presidente da Liga de Quadrilhas Juninas, os próprios editais nos quais estão previstos iniciativas para fomento à cultura não contempla de maneira justa a atividade quadrilheira. Nessa esteira, o secrecetário de Cultura de São Gonçalo do Amarante, Flávio Henrique, destacou o abandono do setor.
“Vivemos de pires na mão tentando captar recursos para a cultura, mas não é fácil. Temos visto, cada vez mais, que precisaremos nos virar com o que temos. É um cenário desestimulante”, anotou o secretário.
Uma das sugestões dadas durante o debate foi para que o modelo que garantiu em Natal a realização de eventos juninos seja levado para o interior do Estado. As cidades que realizam eventos esbarram na exigência de órgãos de controle para que as festas cessem às 22h. Em Natal, isso foi solucionado após lei na Câmara Vereadores autorizar as atividades até a meia noite e as 2h durante dos fins de semana.
Com o reconhecimento das quadrilhas juninas como patrimônio cultural da cidade, o que é reconhecido em lei, o setor fica autorizado a captar recursos com mais facilidade. Além disso, foi encaminhado entre os participantes a realização de um cadastro para identificar todos os grupos, de modo a compartilhar as experiências que cada organização tem.
Já para a captação de recursos, o deputado Fernando Mineiro sugeriu que os grupos voltem à Assembleia Legislativa para elaboração de emendas para o orçamento do próximo ano.
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