segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

DO CRUZEIRO AO MONTE CARMELO, ATÉ O SANTUÁRIO ATUAL (Ações Antecedentes)

Santuário de Santa Rita de Cássia














Não seria de bom alvitre se falar de turismo, em particular de Santa Cruz, sem que não falássemos da situação privilegiada do RN, enquanto detentor de um rico patrimônio material e imaterial, em termos de características específicas e potenciais, notoriamente. 

Já se disse, reiteradas vezes, que a indústria do Turismo é fonte poderosa de crescimento do estado, desde que conte, naturalmente, com inovadoras atuações dos gestores públicos e privados, na objetividade de suas intenções.

Santa Cruz, com a construção do Santuário de Santa Rita de Cássia, é considerada um dos portões de entrada para o turismo religioso universal. A cidade, ultimamente, tem sido alvo de peregrinação nacional, tendo Santa Rita na condição indiscutível de atração principal.          
 
O Santuário, construído nos moldes atuais, a partir dos anos 2000, especialmente após a metade daquela década, teve continuidade nas administrações municipais subsequentes. Contudo, o arremate final da obra encontra-se em andamento, com reais perspectivas de conclusão definitiva na próxima gestão, com início no mês e ano vindouros, mediante ações consequentes e de reconhecida determinação. 

É importante enfatizar que não é somente Natal, capital do estado, que tem um nome portador de emoções e, como tal, facilitador do crescimento turístico religioso no âmbito estadual. Santa Cruz, no caso, tem um adendo a mais. Além do emotivo nome de SANTA, tem outra santa: a Santa dos Impossíveis. O legado da sua história e as exemplares lições de vida nos emocionam e nos favorecem ainda mais. 

Então, seguindo a linha do tempo, há mais de 30 anos, por volta dos anos 1986, 1987, quase no epílogo da Administração do ex-Prefeito Gilson Alves de Andrade, deram-se os primeiros passos para a transformação do Monte Carmelo, antigo “Cruzeiro”, em um ponto turístico religioso de destaque, embora distante e muito aquém da noção exata de que se chegaria à tamanha dimensionalidade. Em anexo, vejam fotos de Gilson, acompanhando, de perto, o andamento das obras do Monte Carmelo, do altar que se pretendia construir e, também, da vista parcial da entrada que liga o centro da cidade àquele local, comprovadamente.

Ex-Prefeito Gilson Andrade discursando. 


Enquanto, sem registro fotográfico, mencionamos a primeira iluminação elétrica do prefalado Monte, cuja posteação tivera início saindo do final da Rua Pe. João Jerônimo naquela direção. Que se acrescente, também, como parte de um conjunto de ações preliminares, a construção das Estações que marcaram a fase mais angustiante da vida de Jesus Cristo, localizadas às margens do percurso que dá acesso ao Santuário. Nelas, em cada uma, seria colocado um quadro que retrata a vida do Salvador, naquele episódio de sofrimento e paixão.

Faço lembrar, por oportuno, que os quadros de referência estão, atualmente, afixados no recinto da Matriz de Santa Rita, mediante doação documentada pelos adquirentes, por sugestão do saudoso Monsenhor Raimundo Gomes Barbosa, pároco de então. 

Na conclusão do assunto, precisamente no aspecto retroativo à administração do ex-Prefeito Gilson Alves de Andrade, da qual tive a honra de fazer parte, no exercício dos cargos de Secretário Municipal de Administração e, por último, de Educação, a propósito, transcrevo alguns fragmentos de um comentário que escrevi, publicado na edição de maio de 1987, da Revista Trairi, intitulado: “SANTA CRUZ TEM UMA NOVA IMAGEM”, a título de colaboração, há 33 anos, que nos parecem com ares de contextualização. 

Vejamos: Santa Cruz, quem não a conhece? É uma cidade de terra rubra e que recebe a suavidade aquática do rio Trairi, que, como Sentinela do Eterno, lhe banha as portas. Se a terra é forte e pródiga, também seu povo é generoso e bom. As realizações da atual administração (da época) deram a Santa Cruz uma roupagem diferente e moderna. A proverbial gentileza de sua gente hospitaleira torna-a mais conhecida e procurada. É o ar sadio e puro, que aqui se respira. É a água fresca, é o repousante viver de seus habitantes, a amizade, a união, a fraternidade, o anseio de um porvir risonho; tudo aqui se goza e faz, desta terra querida, ninho aquecido e bafejado pelas bênçãos de SANTA RITA DE CÁSSIA! As obras aqui edificadas enfeitam-na e embelezam-na. Visitem-na!

Matéria de Dinamérico na extinta Revista Trairi (maio/1987)

É importante registrar que as obras, cujas fotos são anexadas e outras são referenciadas, ficaram inconclusas por imposição da conjuntura reinante naquele período, infelizmente. 

Note-se, portanto, que pouco falei sobre a riqueza do patrimônio, tanto natural quanto imaterial do RN, sobretudo de riquezas potenciais. Muitas delas, nesse aspecto, de tantas oportunidades postergadas... 

No caso, falei apenas do turismo religioso, particularizando o Santuário local. Já me dou por contemplado, momentaneamente. Na verdade, são muitas as singularidades históricas do nosso RN, na multiplicidade de seus aspectos. 

Este texto, na sua simplicidade, foi uma evocação ao nosso inesquecível Monte do Cruzeiro, que, sem projeção sócio-religiosa, emergiu da obscuridade para se tornar, na atualidade, um dos portões de entrada do turismo religioso universal. Valeu, Santa Cruz! 

Há, principalmente, tempo de criar e tempo de sobreviver, que é o mais importante de todos os tempos.” Tenham um Feliz Natal e um Venturoso Ano Novo, com muita SAÚDE e com a Graça de Deus! 

Até breve, se Deus quiser!



Dinamérico Augusto de Medeiros 
18 de dezembro de 2020.




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