Na madrugada do último sábado (21), o estudante Rodolpho Gonçalves Carlos da Silva, neto de José Carlos da Silva, ex-vice-governador da Paraíba, furou uma blitz da lei seca em João Pessoa (PB) e atropelou o agente de trânsito Diogo Nascimento de Souza.
A família de Rodolpho também também é dona de empresas de comunicação locais, incluindo a afiliada da Rede Globo na Paraíba. Ele teve a prisão temporária decretada e depois suspensa pela concessão de habeas corpus, em caráter liminar, pelo desembargador Joás de Brito Pereira Filho.
O agente de trânsito foi socorrido em estado grave por uma equipe do Samu e levado para o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena.
Segundo informações da Polícia Civil, o motorista não obedeceu a ordem de parar o veículo na blitz, furando o bloqueio e atropelando o agente. Com o impacto, uma das placas da Porsche dirigida por Rodolpho caiu, permitindo a identificação do veículo, que foi apreendido.
O desembargador Joás de Brito – que foi eleito novo presidente do Tribunal de Justiça da Paraíba – justificou a concessão do HC afirmando que a prisão é “ exceção e só se justifica nos casos em que o réu oferece perigo a sociedade e tenta frustrar a aplicação da lei penal”.
Através das redes sociais, o promotor de Justiça Marinho Mendes questionou a liminar concedida pelo desembargador. “Uma autoridade que não tem tempo para nada, foi despachar pela madrugada a liberação desse matador do volante, às três horas da manhã”.
Em entrevista coletiva, o delegado Marcos Paulo Villela afirmou que Rodolpho pode ser autuado por tentativa de homicídio doloso, quando existe a intenção de matar.
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