O executivo Marcelo Odebrecht, um dos herdeiros do Grupo Odebrecht, depõe nesta sexta-feira, 27, na Justiça Federal em Curitiba para um dos juízes auxiliares do gabinete do Teori Zavascki, do STF. A audiência faz parte do processo de análise da colaboração premiada feita pelo STF e serve para o empresário confirmar à Justiça o teor de seus depoimentos e se ele depôs por vontade própria, sem ser pressionado.
Marcelo é o último dos 77 executivos, funcionários e ex-funcionários do grupo que foram ouvidos pelos juízes auxiliares do Supremo que atuam na análise do acordo, o principal da Lava Jato até agora e que deve dobrar o tamanho da investigação.
Concluída essa fase dos depoimentos, o caso será encaminhado ao próximo relator do caso no STF, que deve ser definido na semana que vem com o fim do recesso na Corte depois de uma verdadeira sessão de jogos vorazes, onde cada "partido" quer um ministro para chamar de seu.
Com a morte de Teori, que gerou grande desconfiança nas redes e pressões de todos os lados, os processos da Lava Jato estão atualmente com a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, que decidiu no começo da semana retomar o cronograma dos depoimentos da Odebrecht que havia sido estabelecido por Teori, mesmo sem a definição de um novo relator ou nomeação do ministro substituto.
O acordo de colaboração fechado com a Procuradoria-Geral da República prevê que apenas Marcelo Odebrecht continue na prisão até o fim deste ano. O grande mercado de delações que enriquece Sérgio Moro e sua turma de procuradores da Lava Jato, também garante a impunidade das empresas e fortunas surfando nafalsa onde de combate a corrupção.
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