A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, respondeu nesta quinta-feira (7) questionamento do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), sobre quem serão os alvos de inquérito que apura repasses de R$ 40 milhões da J&F a políticos do MDB. Dodge afirmou que vai investigar nove pessoas, sendo seis senadores, dois ex-ministros e um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU).
O inquérito foi aberto dia 16 de maio por ordem de Fachin, mas, um dia depois, ele entendeu que a PGR não tinha deixado claro quem seria efetivamente investigado.
Diante disso, Dodge respondeu que serão investigados:
· Renan Calheiros (AL), senador
· Jader Barbalho (PA), senador
· Eunício Oliveira (CE), senador
· Eduardo Braga (AM), senador
· Valdir Raupp (RO), senador
· Dário Berger (SC), senador
· Vital do Rêgo (PB), ministro do TCU
· Helder Barbalho (PA), ex-ministro
· Guido Mantega, ex-ministro
Em relação ao ex-deputado Henrique Eduardo Alves, citado inicialmente, Dodge pediu para que o caso seja remetido para a primeira instância porque é possível investigar em separado.
Em relação a outros três senadores que haviam sido citados no pedido de abertura de inquérito – Romero Jucá, Edison Lobão e Roberto Requião – , ela afirmou que não há motivos suficientes neste momento para investigação.
“Quanto aos Senadores Romero Jucá, Edison Lobão e Roberto Requião, apesar de citados por Sérgio Machado, estes não integraram os dados de corroboração fornecidos por Ricardo Saud, os quais foram utilizados como base para iniciar as apurações, razão pela qual não devem, neste momento, integrar o rol de investigados”, disse a procuradora.
Delações
O inquérito é baseado nas delações de Sérgio Machado, ex-senador pelo MDB e ex-presidente da Transpetro, e de Ricardo Saud, ex-executivo da J&F.
Nos depoimentos, Sérgio Machado disse ter chegado ao conhecimento dele que a JBS, empresa do grupo J&F, faria doações à bancada do MDB do Senado em 2014 no valor de R$ 40 milhões, a pedido do PT.
Política em Foco
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