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O ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, aproveitou uma entrevista concedida ao Repórter 98 para jogar público uma frase de impacto que ganha aparente força de argumento por se amparar em números.
Aparente porque tudo no discurso merece contestação e uma análise mais a fundo desmonta a retórica.
“Não dá pra aceitar que o Estado tenha perdido 11 bilhões em resorts no nosso litoral por falta de gestão. Desperdício de 50 mil empregos. Criarei agência público-privada(sem criar um cargo), para que se faça pareceria com investidores”.
Os números tirados da cabeça do ex-prefeito não trouxeram referência.
Onze bilhões de reais e 50 mil empregos são números bem expressivos. Quem fez o levantamento? Devemos considerar o número sério ou como contabilidade criativa, da qual o ex-prefeito, segundo o Ministério Público, é adepto?
O desmonte do argumento, no entanto, se dá de maneira mais contundente pela história do próprio ex-prefeito.
Por 14 anos, Carlos Eduardo administrou Natal e sua obra de maior impacto para o turismo são os letreiros com o nome da cidade espalhados pelas praias urbanas.
Sua contribuição para o turismo de Natal o credencia definitivamente a falar sobre o assunto, sendo o Hotel dos Reis Magos, o Hotel da BRA e a marina de Natal exemplos concretos de sua enorme capacidade de atrair, concretizar e expandir investimentos através do poder público.
O impasse em que terminou cada um dos equipamentos citados teve a contribuição decisiva da prefeitura que estava sob Carlos Eduardo.
A regulamentação das ZPAs, que o prefeito inclui em todo o plano de governo, continua tão inexistente quanto sua contribuição para o turismo, bem como equipamentos que ele se apressa em anunciar, como a recente modernização do Alecrim.
As palavras do ex-prefeito, assim com o calçadão movediço da orla de Natal, não se sustentam.
Blog do BG
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