O governo do presidente Michel Temer tirou verbas adicionais que estavam previstas para o transporte escolar e as remanejou para programas do Ministério dos Esportes, inclusive para publicidade. O dinheiro faz parte de uma suplementação orçamentária pedida pelo governo e que deve ser votada nesta noite na Comissão Mista de Orçamento, no Congresso Nacional.
São R$ 991 milhões a mais para algumas pastas; só a saúde ficou com R$ 715 milhões. O pedido inicial, feito em junho, previa R$ 70 milhões para o Ministério da Educação, que seriam transferidos para os municípios comprarem ônibus escolares. Mas, em ofício de 2 de julho assinado pelo Ministro do Planejamento, Gleison Cardoso Rubin, e enviado à Comissão Mista de Orçamento, a Educação foi substituída pelos Esportes. O texto diz que “para viabilizar os ajustes solicitados pelo Ministério da Saúde faz-se necessário a exclusão de programações suplementadas do Ministério da Educação e do Desenvolvimento Social”. Esse último também deixou de receber verbas antes previstas.
Na nova configuração, os Esportes ficaram com R$ 53 milhões, sendo R$ 12 milhões para publicidade, R$ 13 milhões para desenvolvimento de atividades de apoio ao esporte e R$ 15 milhões implantação de infraestrutura esportiva de alto rendimento, entre outros programas. O dinheiro da saúde vai, em sua maioria, para “apoio em manutenção de unidades”. A Comissão Mista de Orçamento decidirá se acata ou não as mudanças.
Procurado, o Ministério do Planejamento não retornou o pedido da reportagem para explicar a retirada do MEC do projeto.
Estadão Conteúdo
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