Em seu novo depoimento, prestado na tarde desta terça-feira, o delegado Carlos Henrique Oliveira, agora diretor executivo da PF acabou desmentindo o Presidente Bolsonaro.
Em 5 de maio, Bolsonaro disse na saída do Alvorda, que o delegado Carlos Henrique Oliveira, então superintendente da PF no Rio de Janeiro, havia sido convidado pelo novo diretor-geral, Rolando Alexandre de Souza, para seu número dois:
“Eu estou trocando ele? Eu estou tendo influência sob a Polícia Federal? Ele está saindo de lá para ser diretor-executivo a convite do atual diretor-geral”.
Em seu segundo depoimento, porém, Carlos Henrique Oliveira apresentou uma nova versão, dizendo que foi chamado para o cargo por Alexandre Ramagem, chefe da ABIN.
Com isso, liberou-se a vaga de superintendente da PF no Rio de Janeiro, que era a principal meta de Jair Bolsonaro, como denunciou Sergio Moro.
MAIS MUDANÇAS
Ao mudar ontem a versão sobre sua nomeação para a diretoria-executiva da Polícia Federal, o delegado Carlos Henrique Oliveira de Sousa desmontou, em parte, o relato de Alexandre Ramagem sobre sua real influência no atual comando da corporação.
Em seu depoimento, na semana passada, o diretor da Abin ressaltou “que não teve qualquer influência” na nomeação de Carlos Henrique para a direção executiva, o segundo posto na hierarquia, abaixo apenas do diretor-geral, Rolando Alexandre de Souza.
Carlos Henrique, porém, como mostramos, afirmou que ele foi sondado por Alexandre Ramagem para o cargo em 27 de abril.
Nessa época, Ramagem era o escolhido por Jair Bolsonaro para chefiar a PF — a nomeação só não se concretizou pela decisão de Alexandre de Moraes que barrou sua posse.
O novo depoimento de Carlos Henrique sugere que, efetivamente, sua escolha para a direção executiva partiu de Ramagem, não de Rolando.
O ANTAGONISTA
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