 |
Núcleo de Ensino Superior do Trairi (NEST) – Sítio Caiçarinha
|
No início de meu primeiro mandato de vereador, de 1973 a 1976, que culminou com o período da Gestão do ex-Prefeito José Rodrigues da Rocha, enquanto representante da comunidade santa-cruzense, legitimado pelo voto popular, participei de uma reunião a qual ocorreu no Plenário da Câmara Municipal, convidado pelo Prefeito, a exemplo dos demais vereadores, que eram: Ivahy F. Lima, Francisco de Assis dos Santos (Quinho), Manoel Reinaldo Filho, Luiz Fernandes Soares (Paraíso), Reginaldo Andrade de Lima e José Umbelino de Farias (Dedezão); e, obviamente, o Prefeito, na condição de proponente daquele evento.
No citado encontro, a UFRN se fez presente por intermédio de um dos próceres da Administração Central, para oficializar uma proposta à Prefeitura local, consistindo na doação de um terreno, no qual seria contruído um Centro Social Urbano (CSU), preferencialmente em localização privilegiada, cujo adendo, segundo ele, se justificaria, dada a relevância do empreendimento, vital à promoção do desenvolvimento social, educacional e cultural em nível de região.
Naquela perspectiva, em tempo hábil, o Prefeito encaminhou Projeto de Lei ao Legislativo Municipal. Após aprovação unânime dos vereadores, e consequente sanção do Chefe do Executivo do Município, a matéria foi transformada em lei autorizativa, e, dessa forma, o terreno foi oficializado à UFRN, na sua objetividade.
Procedida a prenunciada doação, a UFRN passou mais de 30 anos sem utilizar aquele imóvel, objeto daquela cessão gratuita de bens, à época. Nesse caso, o sonho do CSU virou pesadelo, com o terreno baldio e os nossos olhares vazios no tempo.
Sem ressentimento, pelo contrário, faço parte da grande legião que reconhece a substancial contribuição da UFRN ao desenvolvimento socioeconômico do RN, bem como das suas gradativas conquistas; destaque-se no âmbito regional, e, mais ainda, some-se o prestígio nacional e internacional, com ênfase no campo da inovação e da tecnologia.
Que se mencionem as atividades precedentes, as quais justificam suas razões de ser e existir, tais como: extensão, pesquisa, ensino e aprendizagem, obviamente.
Considere-se, ainda, o pouco tempo de criação da UFRN, na sua adolescência de apenas 62 anos, cujo êxito é condição presumível do seu nascimento, fruto do visionarismo do seu fundador, o Reitor Magnífico Onofre Lopes.
 |
Dinamérico
colando grau no NEST, sendo
orador da turma. Na mesa,
o Prefeito Gilson Andrade e o Reitor Diógenes da
Cunha Lima.
|
Evidente que, nessa trajetória, não se excluiriam, jamais, a força vocacional de seus professores e a qualificação de seus servidores, notoriamente. Esta é a minha visão ampliada da UFRN. Contudo, em nível de região Trairi, vejo-a em dois momentos. O primeiro, com a inauguração do CRUTAC em Santa Cruz; um programa de expressiva relevância nos diversificados aspectos, de repercussão internacional, instituído na gestão patronal do Professor Onofre Lopes.
O
segundo, na administração do ex-Reitor e Professor Diógenes da Cunha Lima, em
1981, que foi a chegada do Núcleo de Ensino Superior do Trairi (NEST) – Campus
Avançado de Santa Cruz, na data de 14/02/1981, inesquecivelmente.
Voltemos
ao tema inicial deste texto, em particular sobre a construção da FACISA/UFRN,
no terreno doado por esta Municipalidade, à época, para manifestar que é
perfeitamente concebível entender que tudo começou, exatamente, naquele segundo
momento, com a iniciação dos cursos superiores de Ciências Contábeis, Letras e
Pedagogia, atendentes vocacionais de nossa região, naquele período, então.
 |
Zé da Luz
sentado no monumento em frente ao NEST
(futuro Professor Doutor da própria
UFRN)
|
Ademais, são decorrências, ainda que os cursos atuais sejam de área diferente. Tudo começou ali, naquele momento, eu diria, de magistralidade para Santa Cruz.
Resumindo, o momento é por demais propício à paráfrase. “Há tempo de esperar o que foi prometido, e tempo de receber o que nos foi tirado.” “Há tempo para se certificar de que tudo tem retorno, não há efeito sem causa, e tempo de acreditar que nada se apaga, e só o bem colhe frutos.”
Voltarei a falar sobre o segundo momento, com detalhes inéditos, na próxima publicação. Aguardem.
Neste mesmo texto, jubilosamente, exibimos uma foto da sede original do Campus Avançado de Santa Cruz, em Caiçarinha; e, sentado no monumento inaugural, como que já antevendo a sua ascendência ao seleto conjunto de mestres da instituição, o colega de classe Zé da Luz, atualmente Doutor, Professor graduado da UFRN, meritoriamente. O único da turma, parabéns! Graças a Deus!
Até o próximo se Deus quiser!
Dinamérico Augusto de Medeiros
07 de agosto de 2020.
Nenhum comentário:
Postar um comentário