Manoel Silva Rodrigues, sargento da Força Aérea Brasileira (FAB) preso há um ano por tráfico de 39kg de cocaína, segue na ativa da instituição recebendo salário em dia. No Brasil, ele é réu por tráfico de drogas com valor estimado em R$ 6,3 milhões, segundo o Ministério Público Militar.
Apesar de estar detido e sem trabalhar desde junho de 2019, o militar recebe brutos R$ 8,1 mil mensais, incluindo verbas indenizatórias. Segundo informações levantadas pelo portal UOL junto ao Portal da Transparência, em novembro, o valor bruto chegou a R$ 14,5 mil, devido à gratificação natalina. Ao longo de todo esse período, seus salários somaram cerca de R$ 97,5 mil.
Ainda conforme informações do UOL, no processo em que ele é réu, não houve pedido de bloqueio. Os pagamentos dizem respeito à questão administrativa da FAB. Segundo a FAB, Rodrigues foi notificado da abertura do processo de exclusão. Mas para ser desligado administrativamente é necessário o trânsito em julgado (quando não cabe recurso) do processo judicial, que embaça o processo interno.
O caso
Rodrigues foi preso durante uma averiguação aduaneira de rotina no aeroporto de Sevilha. A aeronave da FAB que transportava o militar fazia uma escala na cidade espanhola, de onde seguiria para o Japão. De acordo com o jornal espanhol El País, ao abrir a mala de mão do passageiro, os agentes encontraram 39 quilos de cocaína.
Rodrigues, que é comissário de bordo, fazia parte de uma equipe de 21 militares que prestava apoio à comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro na reunião do G-20, no Japão. O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) em que estava o militar é usado como reserva da aeronave presidencial e, portanto, ele não fazia parte do mesmo voo que transportou o presidente durante a viagem.
A TARDE
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