A Atreva-se vem por meio deste repudiar falsas publicações (Fake News) sobre um suposto assassinato cruel cometido contra uma mulher Trans, com as imagens da vitima exposta nas redes sociais de grupos e contatos privados de whatsapp nesta segunda feira dia 12 de Julho de 2021, e ainda em circulação nas redes sociais durante toda a semana, onde em mensagens de áudios uma pessoa afirmava que a vitima do assassinato seria a jovem Graziely Estefanely popularmente conhecida por Abelhinha e que o criminoso e agressor seria seu marido Nildo ambos residentes no município de Santa Cruz/RN.
Estamos aqui para dizer e afirmar que esta informação não procede, pois enquanto entidade representativa do segmento LGBTQIA+ de Santa Cruz/RN procuramos saber se realmente as informações eram verídicas, entrando em contato com a família de Grazi a fim de confirmar a improcedência das informações diante das características físicas e com uso de acessórios a qual diferenciava a semelhança com a jovem em questão confirmando a assim o falso conteúdo da notícia.
Lamentamos e repudiamos qualquer tipo de conteúdo de Fake News (Falsas Informações) sobre tudo de violência e assassinato de uma pessoa Trans, pois este tipo de noticia causa preocupações e aflições nos familiares das pessoas LGBTQIA+ em situação de vulnerabilidade social que todos os dias vivem a se preocupar com a vida de seus/suas filhos/filhas ao saírem de suas casa sem terem a certeza se retornaram com vida.
Uma notícia Fake sobre um assassinato de qualquer LGBTQIA+ e especificamente de uma pessoa Trans também pode ser considerado como um ato Transfobico e LGBTIfobico por propagar uma noticia que não procede como se ela fosse verdade sobre tudo compartilhando com frequência nas redes sociais e grupos de whatssap.
O que para nós este tipo de atitude criminosa reforça a Trans e LGBTIfobia que existe em quer matar e assassinar pessoas Trans e demais LGBTQIA+ mesmo que seja através de uma falsa noticia e ainda mais acusando falsamente o seu companheiro que divide residência com a Graziely e que tem uma boa convivência familiar com seu sogro, nora e cunhados.
A Atreva-se ainda esclarece que durante os messes de Junho e Julho de 2021 não se tem nenhum registro ou subnotificação oficial de pessoas LGBTQIA+ assassinadas no estado do Rio Grande do Norte.
Estamos em pleno século 21 vivemos em um país que mais mata pessoas LGBTQIA+ a cada 22 horas um LGBTQIA+ é assassinato no Brasil, onde grande parte desses assassinatos as maiores vitimas são as travestis, mulheres e homens transexuais e os números de violência e mortes contra LGBTQIA+ no Brasil no período de pandemia de acordo com o relatório “Observatório das Mortes Violentas de LGBTI+ No Brasil – 2020”, realizado pelo Grupo Gay da Bahia e pela Acontece Arte e Política LGBT+, de Florianópolis, pelo menos 237 pessoas morreram por conta da violência LGBTfóbica no ano passado. Sendo que 224 foram homicídios (94,5%) e 13 suicídios (5,5%).
O ato de criar, propagar compartilhar notícias falsas de um assassinato inexistente é o mesmo que desejar a morte de alguém de forma cruel e trágica e que ainda este tipo de atitude de compartilhar fatos e situações inverídicas causando transtornos, preocupações e aflições ocasionando riscos ou danos de saúde d sistema nervoso dos familiares e amigos próximo da vitima desse tipo de notícia fake pode ser considerado como crime de acordo com o Artigo 138 do Código Penal, por exemplo, define que ‘’caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime’’ pode levar a uma pena de ‘’detenção, de seis messes a dois anos’’, além de multa , e que na ‘’mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação a propaga-la ou divulga’’.
O que nós pessoas LGBTQIA+ precisamos que sejam amplamente compartilhado e propagado com bastante frequência são noticias verdadeiras que não sejam de violências e assassinatos contra as pessoas LGBTQIA+, mas sim boas noticias de superação, conquistas pessoais e profissionais que ocupem espaços em diversos setores da sociedade, além da realização de ações de politicas públicas de direitos em prol do segmento LGBTQIA+ propagando o amor e o respeito à orientação sexual e identidade de gênero de cada um(a).
Desta forma lamentamos e repudiamos este tipo de atitude e propagação de Fake News que pode ser prejudicial causar danos a saúde física e psicológica para familiares e amigos próximos, e em razão deste acontecimento a Atreva-se busca assessorar a Graziely e seus familiares que foram vítimas dessa Fake News absurda para que as providências cabíveis sejam tomadas junto à justiça e demais órgãos competente afim de que os responsáveis sejam penalizados de acordo com a lei.
Assina: Presidência da Atreva-se
Santa Cruz/RN 16 de Julho de 2021
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