O deputado federal eleito Fernando Mineiro (PT) está muito otimista em relação à eleição de Lula no 2º turno, marcada para 30 de outubro. Na avaliação dele, os 6,2 milhões de votos de diferença em relação a Bolsonaro, registrados nas urnas neste domingo (2), deixam Lula cada vez mais perto de voltar a ocupar o Palácio do Planalto.
Em entrevista ao Balbúrdia nesta segunda-feira (3), Mineiro lembrou que sempre disse que o PT venceria as eleições presidenciais, independente de 1º e 2º turno. E mantém a previsão, carregada de confiança:
– Quando eu olho para 2018, tínhamos 29% dos votos em Haddad no 1º turno, agora temos 48,5%, é quase o dobro. Há quatro anos o Lula estava preso, agora ele está a 1,5% da vitória. O fim do Bolsonaro está perto. Serão 4 semanas pesadas, de boa disputa, mas falta só 1,5% para ganhar as eleições”, disse.
Mineiro foi o terceiro deputado federal mais votado em 2018 com 98.070 votos, mas até hoje não conseguiu assumir a cadeira por força de uma liminar obtida na Justiça por Beto Rosado (PP), que em 2022 fracassou e foi derrotado nas urnas. Este ano, o petista conquistou o voto de 83.481 eleitores e entrou pela média do coeficiente eleitoral:
– Estou de alma lavada não só pelo meu resultado, por ter sido eleito, mas pelos resultados das eleições. Estou de alma lavada, enxaguada e energia a mil para conquistar nas ruas os votos que faltaram (para Lula). Temos muitos motivos para comemorar. Temos a governadora reeleita no 1º turno, a Fátima teve vitórias e recordes muito importantes. Fruto do resultado do trabalho dela, da equipe de governo que tive muita honra de participar, da militância, e do povo que confiou”.
O deputado federal, que assume o posto em 1º de fevereiro de 2023 no Congresso Nacional, destacou ainda a ampliação das cadeiras na Assembleia Legislativa, com Isolda, Divaneide e Francisco do PT, além do aumento da bancada do PT no Congresso, que sai de 54 deputados para 68:
– Também elegemos 4 senadores: Wellington Dias (PI), Camilo Santana (CE), Tereza Leitão (PE) e Beto Faro (PA), além de companheiros de coligação. E isso sem falar que elegemos três governadores de primeira, com o Elmano Freitas (CE), a Fátima (RN) e o Rafael (PI)”, lembrou.
Um dos primeiros políticos do país a alertar para o perigo do Orçamento Secreto, esquema de pagamento de verba público a mercê do relator e sem passar pelos órgãos de fiscalização, Mineiro lamentou a eleição de Rogério Marinho e avalia que a verba paga às prefeituras sem transparência tiveram peso na eleição do ex-ministro bolsonarista.
Agência Saiba Mias
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