Na noite do ultimo sábado 29 a eleitora Amanda Oliveira da cidade de Santa Cruz/RN, publica texto emocionante em sua rede social, explicando que o voto em Lula "é o grito da consciência de classe e o medo de um governo que odeia nossa existência."
Confira o texto:
Os motivos que me fazem votar em Lula são os mesmos que me fazem incapaz de apoiar a política e o discurso de Bolsonaro. Pois pelas pautas que minha vida atravessa não há possibilidade de outra escolha.
Lula não só disse como provou em seus governos que o pobre tem direitos, e conduziu o país da forma mais humana, enquanto dizia que ninguém teria de sair com uma enxada apoiada no ombro na busca por um jardim de rico para capinar. O Governo Lula fez mais, colocou o filho do pobre sentado na cadeira da universidade ao lado do filho do patrão.
A dominação e as explorações são gritantes No Brasil e isso produziu uma multidão de pobre conformados, e alguém que nos ensina a gritar e a se inconformar com nossas condições faz com que de alguma forma essa subordinação seja quebrada, pois se queremos ocupar nossos espaços de direito é preciso levantar a cabeça.
Foi a base de programas como Bolsa família, Minha casa Minha Vida e tantos outros, que de alguma forma reverteram o orçamento da união em políticas que trouxeram o mínimo de dignidade aos mais pobres. Como Lula sempre repetiu: todo brasileito deve ter o direito de comer três vezes ao dia. Foi o cunho humanista de Lula e do PT que corrigiram os ataques que as minorias sempre sofreram, foi esse cunho humanista que serviu para que políticas de cotas fossem implantadas. Com a esquerda discutimos sobre o respeito a identidade de gênero e o combate a preconceitos seculares. Num país com tanta desigualdade o voto em Lula é mais que justificável, e não estou falando como filiada a um partido político, ou das vezes que entrei e saí do PT, estou falando do voto em um líder que ensina as grandes nações que não se combate a pobreza tirando de quem já não tem quase nada. Estou falando como mulher, feminista, como aliada LGBTQIAP+ e principalmente como mãe de uma criança com TEA. Estou falando que minhas vivências me colocam em posição de luta e dela jamais me retirarei.
Pois é, votar em Lula é muito mais que um simples contraponto ao caos ou ao fascismo, é o grito da consciência de classe e o medo de um governo que odeia a nossa existência. É a esperança de um futuro melhor para os meus filhos, melhor para o BRASIL inteiro.
Amanda Oliveira
Estudante de serviço social, redatora e mãe
Este texto exprime, com a clareza, a ênfase e a sensibilidade características da Autora, o sentimento de muitos daqueles cidadãos que ao longo dos últimos quatro anos foram achacados, e até atacados (de arma em punho inclusive!) por membros da horda bolsonarista que se assenhorou do poder político institucional no país. Os chamados (por muitos) “bozolóides”, principalmente os menos escrupulosos, tentaram se assenhorar das narrativas e do protagonismo político, seguindo as falas e atitudes de um pseudolíder ignorante e obtuso, disseminando continuamente suas crenças misóginas, machistas, racistas e facistas, impregnando ódio em seus seguidores e extrema ojeriza naqueles que a ele sempre se opuseram. Bolsonaro (e só agora me disponho a escrever ou pronunciar o sobrenome do ser abjeto, ao qual chamava “Bozo”) inverteu valores e conceitos, e fez com que uma inegável massa de cidadãos de baixo poder aquisitivo expressasse sentimentos até então aparentemente restritos à elite sebosa e pouco inteligente que sempre dominou nossa sociedade. Os pobres e assalariados convertidos ao credo bolsonarista, impregnado dos mais lamentáveis e controversos credos religiosos, incentivados ou “tangidos” por falsas lideranças oportunistas, seguiram seu “führer” tupiniquim ao cadafalso da ignorância e da intolerância, chegando às vias de fato e até mesmo ao crime capital.
ResponderExcluirO texto da Autora expressa sua motivação para apoiar a proposta vencedora do pleito eleitoral, que recolocará na administração maior de nosso país um viés progressista e inclusivo, voltado para o desenvolvimento humano disponibilizado às classes menos favorecidas do nosso país. É coerente com toda sua história de combatividade e engajamento nas lutas das chamadas minorias, algumas não tão minorias assim. Escrito com o ardor dos combatentes e com a eloquência da sabedoria, nos brinda com o sentimento de esperança num futuro que começa agora no presente, porque temos muito que reconstruir na coisa pública federal. Parabéns Amanda.
Luiz Ricardo - Arquiteto