“Revolta do Busão”, em Natal, “Não são só 20 centavos”, em São Paulo. A massiva onda de protestos em junho de 2013 mudou a recente história nacional. Depois dos atos, veio o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), em 2016, a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em abril de 2018, e a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), nas eleições do ano passado.
Toda essa turbulência política é contada no documentário “Democracia em vertigem”, de Petra Costa, que estreia nesta quarta-feira (19) na Netflix. A diretora mineira de “Elena” (2012), segue produções que narram o contexto político brasileiro dos últimos anos, como “O Processo”, de Maria Augusta Ramos e “Excelentíssimo”, de Douglas Duarte.
No trabalho, a diretora além de reconstruir os acontecimentos, também expõe passagens de sua história pessoal, ligada a política. Seus pais integraram movimentos estudantis durante a ditadura militar, sendo ativistas de organizações de esquerda.
Mas Petra também é acostumada com o conservadorismo, pois é neta de um dos fundadores da construtora Andrade Gutierrez e parte de sua família apoiou Bolsonaro nas últimas eleições.
O próprio Bolsonaro chegou a dar depoimentos para cineasta, durante o ano de 2016, quando ainda era deputado. Mas outros nomes que participaram da história recente da política brasileira, como Aécio Neves, não concederam entrevista para o documentário.
Para realizar o trabalho, Petra teve a colaboração da roteirista Carol Pires, jornalista que cobriu o impeachment pela revista Piauí. Também foram cedidas imagens inéditas pelo fotógrafo Ricardo Stuckert, que acompanhou o ex-presidente Lula por muitos anos.
Por SAIBA MAIS
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