terça-feira, 6 de setembro de 2022

Bolsonaro fracassa na busca pelo eleitorado feminino e Auxílio Brasil não surte efeito esperado

 

A campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro (PL) não tem o que comemorar nesta terça-feira (6) após a divulgação dos resultados da pesquisa Ipec na segunda-feira (5).

O levantamento mostra que houve um recuo nas intenções de voto em Bolsonaro entre as mulheres. Ele tem 26% entre este público, ante 29% da rodada anterior da pesquisa.

Entre uma rodada e outra ocorreu o ataque machista e misógino de Bolsonaro à jornalista Vera Magalhães no debate presidencial da TV Bandeirantes, em 28 de agosto.

A busca por votos das mulheres era uma das principais missões de Bolsonaro, já que seu adversário, o ex-presidente Lula (PT), conta com forte apoio de tal eleitorado.

Rejeição

A pesquisa também aponta um crescimento - dentro da margem de erro - da rejeição a Bolsonaro. Declararam não votar "de jeito nenhum" no atual ocupante do Palácio do Planalto 49% dos entrevistados. Há três semanas, antes do início oficial da campanha eleitoral, o índice era de 46%. Na pesquisa seguinte, passou para 47%.

Enquanto isso, Lula registrou 33% de rejeição há três semanas, 36% no levantamento seguinte e os mesmos 36% na rodada mais recente da pesquisa.

A resistência da rejeição a Bolsonaro acontece mesmo após as investidas do governo federal para quebrar algumas barreiras, como o Auxílio Brasil, que visava conquistar parte do eleitorado mais pobre para apoiar a reeleição do ocupante do Planalto.

O aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 não foi capaz de reverter a preferência do eleitorado mais pobre por Lula. Entre este público, o petista tem quase o dobro das intenções de voto de seu adversário: 50% a 27% - foram consideradas as respostas de quem declarou receber algum benefício do governo federal. Entre os eleitores com renda familiar mensal de até um salário mínimo, Lula registrou 56% contra 21% de Bolsonaro.

A pesquisa ouviu 2.512 eleitores presencialmente entre 2 e 4 de setembro. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o protocolo BR-00922/2022.

Brasil 247



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