O novo Ministro da Cultura Sérgio Sá Leitão entrou no cargo para tentar conciliar a classe artística com o governo golpista de Temer e as suas reformas. No discurso de posse defendendo a agenda das reformas, trabalhista e da previdência, em seguida o Ministro declarou o que pensa sobre a liberdade de expressão dos artistas.
Segundo ele, os artistas devem "baixar a bola e tentar buscar objetivos em comum" com o governo golpista que teve como primeiro ato de posse a tentativa de fechar o MinC. Sérgio é jornalista da Folha de São Paulo e estava no cargo de diretor da Ancine. Passou pela pasta da Cultura entre 2004 e 2006 quando o Ministro era Gilberto Gil.
Enquanto foi Secretário de Cultura do Município do Rio, entre 2012 e 2015, e dirigindo a Riofilme desde 2009, foi o período em que o Rio de Janeiro mais recebeu incentivos de editais da Lei de Audiovisual. A Lei basicamente dá isenções fiscais a empresas, que tem suas marcas divulgadas nos filmes que são aceitos nos editais de incentivo à cultura.
Na posse, o Ministro especialista em edital disse que “as diferenças nos fragilizam a todos. É fundamental nos unir no que for possível para que a cultura brasileira retome seu papel na agenda da sociedade”
Com esta declaração, Sérgio Sá convoca os artistas que esteja dispostos à se vender em troca de favorecimento. Por isso exigiu que Temer restabelecesse o orçamento da pasta e prorrogasse a Lei do Audiovisual até 2022. Para a cultura "está tendo", só estar atento às regras dos editais.
Esquerda Diário
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