O DEM quer voltar a ser grande como há 20 anos e nada melhor para ajudar na tarefa do que Rodrigo Maia na presidência da Câmara, ainda mais agora vislumbrando possibilidades reais de ser alçado, ainda que sem votos, ao Palácio do Planalto. Para tal, a ofensiva da legenda conservadora se voltou ao PSB, a sétima bancada da Casa. Os socialistas, na prática fatiados em diferentes áreas ideológicas e rachados com relação ao apoio ao Governo, pareciam prato cheio. A operação, no entanto, acabou atraindo a atenção do Planalto, que também se mostrou interessado nos nomes (e votos) do PSB. Sintoma da tensão que antecede a votação decisiva contra o presidente, Michel Temer, na Câmara, a disputa explicitou de vez a queda de braço entre Maia e seu – em tese – aliado.
A lógica por trás da ofensiva do DEM é simples: ao se fortalecer– incorporando novos deputados, teria uma bancada mais influente não só na primeira votação que pode levar à saída de Temer como nas futuras que se projetam. Sem falar nas vantagens diretas de ter mais parlamentares, como conseguir tempo de TV nas campanhas e, eventualmente, mais verba pública se mudarem as regras de repartição do fundo partidário. O PSB, cuja ala governista é liderada pelo ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, parecia presa certa desde que desembarcou da base de Temer após virem à tona as delações da JBS, em maio. A decisão não agradou a todos, muito menos a ordem do partido de votar contra as reformas liberais do Governo. Por isso é que se estima que dos 36 integrantes de sua bancada, cerca de um terço pode debandar para outras siglas.
O benefício mais imediato seria mais poder na definição do destino de Temer. Cabe a Maia colocar a denúncia contra ele para ser votada na Câmara, o que ele pretende fazer no dia 2 de agosto. O número mágico na votação é 342.
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El País
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