O delegado da Polícia Federal (PF) Flávio Augusto Palma Setti disse, em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (25), que entre os presos da Operação Glasnost, deflagrada nesta terça (25) em 14 estados brasileiros, estão pais que abusavam das próprias filhas, um homem de 80 anos, professores, médicos, estudantes, entre outros.
Pelo menos 15 vítimas já foram identificadas, conforme a PF.
Até as 10h20, 30 pessoas tinham sido presas, sendo 27 em flagrante e três preventivas. Uma das prisões em flagrante foi em Xinguara, no sudeste do Pará.
Ainda conforme o delegado Setti, as investigações começaram com a prisão de um suspeito, em 2010. “Ele citou um site russo que era utilizado como uma espécie de “ponto de encontro” de pedófilos do mundo todo”, disse. Depois disso, foi deflagrada a primeira fase, em 2013, e agora a segunda etapa. “Antes dessa última fase, nós identificamos algumas questões urgentes de casos de abuso em que as devidas providências foram tomadas”, detalhou.
Os investigados produziam e armazenavam fotos e vídeos de crianças, adolescentes e até mesmo de bebês com poucos meses de vida, muitos deles sendo abusados sexualmente por adultos, e as enviavam para contatos no Brasil e no exterior.
A PF disse ainda que as investigações resultaram na identificação de centenas de usuários, brasileiros e estrangeiros, que compartilhavam pornografia infantil na internet, bem como de diversos abusadores sexuais e produtores de pornografia infantil, tendo sido identificadas, ainda, diversas crianças vítimas de abuso.
O delegado disse que não tem como definir um perfil dos criminosos, só disse que entre os presos estão pessoas entre 18 e 80 anos. Alguns delas já tinham passagem pela polícia por fatos relacionados à pedofilia.
Mandados judiciais
Foram expedidos três mandados de prisão preventiva, 72 de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, que é quando a pessoa é levada para prestar depoimento. As ordens judiciais estão sendo cumpridas em 51 cidades de 14 estados brasileiros.
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