quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Autoridades acham informações vitais em celular de bolsonarista

 



O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou a apreensão e o acesso ao telefone celular do extremista Renan da Silva Sena, defensor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) dentro do inquérito no qual o magistrado relata atos antidemocráticos. O caso está sob sigilo judicial.

A decisão de Moraes ocorreu após a Polícia Civil (PCDF) descobrir, no aparelho telefônico, informações relevantes sobre as investigações que já levaram à prisão o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) e, mais recentemente, o presidente do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Roberto Jefferson.

No fim de junho, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), apresentou queixa-crime contra Renan Sena pelos crimes de injúria e difamação contra o chefe do Executivo local.

Durante manifestos em Brasília, o bolsonarista acusou o titular do Palácio do Buriti de ser “corrupto” diante de autoridades policiais que tentavam conter o movimento.

Renan acabou indiciado pela polícia e o caso deixou a Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos (DRCC), responsável pela fase inicial das investigações, e passou para o Judiciário, que determinou perícia no telefone do militante. O material está nas mãos do ministro.

No caso local entre Ibaneis e Renan, a audiência está prevista para ocorrer no próximo dia 30. Não houve acordo entre as partes.

Procurado pela coluna Janela Indiscreta, o advogado Paul Karsten Galleguillos Kempf de Farias, um dos responsáveis pela defesa de Renan Sena, afirmou que não comentaria o episódio.

No mês de junho, Renan Silva Sena foi preso pouco depois de ter sido localizado dentro de um carro, como passageiro, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). Ele acabou liberado em seguida.

Durante a prisão, a motorista arrancou com o veículo, entrou na contramão e arrastou um policial por alguns metros, segundo consta de ocorrência registrada na delegacia especializada.

Sena é acusado de participar do grupo suspeito de soltar fogos de artifício no STF, ameaçar o governador do DF, entre outras autoridades, em vídeos que circularam no WhatsApp, após a retirada de acampamentos a favor do presidente da República, Jair Bolsonaro, da Esplanada dos Ministérios.

O manifestante também foi indiciado pela PCDF após ter, no dia 1º de maio, agredido verbalmente uma enfermeira que participava de um ato a favor do isolamento social, na Praça dos Três Poderes.

Metrópoles



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