quinta-feira, 19 de agosto de 2021

Depois de acusar os servidores da saúde de formação de quadrilha, a CPI discute peso de caixas.

Foto: Eduardo Maia

Iniciou ontem a segunda semana de oitavas das testemunhas na CPI da COVID do RN, na pauta está os contratos de compra de SWABs e reagentes para testagem para o Novo Coronavirus para utilização pelo Laboratório de Vigilância em Saúde do Rio Grande do Norte (LACEN/RN).

No requerimento de abertura da CPI assinado pelos deputados de oposição, foi afirmado que o contrato não passava de "um simulacro", nas palavras dos deputados oposicionistas "houve uma montagem de documentos", ou seja, para eles, uma simulação para que houvesse dispensa de licitação. Nesse mesmo documento, falou-se até em "uma associação de diversos servidores públicos para cometimento de crimes, o que pode configurar [...] formação de quadrilha".

O que todos esperavam é que os deputados que assinaram o requerimento de abertura da CPI trouxessem argumentos e questionamentos que sustentassem essa tese. Porém, em vez disso, o que mais se discutiu na reunião de ontem foi sobre a diferença de 2kg entre as caixas da primeira entrega e da segunda. Na primeira nota fiscal emitida pela empresa consta o peso líquido de 18kg para 250 mil SWABs, enquanto que na segunda foi emitida com o peso de 20kg para 200 mil SWABs.

Os deputados arguiram os servidores do LACEN-RN, Magaly Cristina e Francisco de Assis, questionando essa diferença de pesos entre as notas fiscais dessas duas compras. Porém o responsável pela pesagem e preenchimento das notas foi a empresa que vendeu e não o LACEN-RN.

Ao final dos depoimentos nenhuma prova foi apresentada que minimamente justificasse as afirmações realizadas pelos deputados oposicionistas que levantaram a suspeita dos servidores da saúde estarem formando quadrilha. "Não montamos quadrilha, fizemos um trabalho que reduziu de 10 dias pra 24h a entrega de resultados" afirmou Magaly Cristina, diretora do LACEN.




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