Não. Não é passada de pano. É um exercício de lógica. Não faz sentido um senador com discurso moralista retirar a assinatura de uma CPI com tantos elementos para sua existência como a do MEC por emenda de R$ 287 mil num universo na casa de bilhões como o orçamento federal.
Menos sentido ainda faz quando se trata de uma emenda impositiva que ia sair de todo jeito.
É tentador apontar o dedo para o senador Styvenson Valentim (Podemos) por seu discurso de pessoa mais honesta do universo. Ainda mais para esquerda tão emparedada nos últimos anos pelo moralismo de tanta gente sem moral.
Dá para criticar Styvenson pela retirada da assinatura da CPI.
Talvez seja pelo que ele diz, talvez seja por uma razão que a gente nunca venha a saber, mas não será por uma emenda impositiva de R$ 287 mil que um senador vai enfrentar um desgaste destes.
Não faz sentido.
Agora é um fato: Styvenson estaria com o discurso antipolítica e o dedo apontado para os seus pares se não fosse ele a vidraça.
Se a versão exposta pelo senador for essa mesma ele ganhou um bom ponto de reflexão sobre nem tudo que move a política ser motivado pelo dinheiro.
Blog do Barreto
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