terça-feira, 19 de abril de 2022

O CAOS NA SAÚDE DE SANTA CRUZ MOSTRA A FACE CRUEL DO SISTEMA DOMINANTE HÁ DUAS DÉCADAS NA CIDADE.

 

A conta pelo que podemos chamar de “má administração” da saúde pública em Santa Cruz/RN, dominada pelo mesmo grupo político há mais de vinte anos, começa a chegar, aliás, já está na vista de todos faz tempo.

Se a falta de “dipirona” nas unidades básicas de saúde (UBS) já é corriqueira, fazendo parte do cotidiano da população da terra santa de Santa Cruz que, no máximo, faz chacota nas redes sociais (pois se ver de mãos atadas), o mesmo não se pode dizer das cenas chocantes do caos que atingiu a saúde pública desta municipalidade no feriado santo.

Relatos dão conta de pacientes se estrebuchando de dor por falta de MORFINA. Também faltará medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes com diabetes. Não bastasse faltar remédios, também faltava médico no Hospital Aluízio Bezerra, sendo convocada uma profissional de urgência que, pasmem, chegou para atender os pacientes com claros sinais de embriagues, sem que nenhuma providência fosse tomada (afirmação de pacientes que encontravam-se no momento do fato). Isso tudo em um único fim de semana.

A dor, da dor dos pacientes por ficarem sem um tratamento adequado, aliado a dor dos familiares que pouco podem fazer para amenizar o sofrimento de seu ente querido, agora, acrescido de outro absurdo, qual seja, ter profissional com sinais de embriagues atendendo pacientes, são cada vez mais frequentes em Santa Cruz.

Acreditem! Por mais que os gestores de nossa cidade amenizem esses terríveis acontecimentos como estratégia para tirarem de suas costas as responsabilidades que as tem, com frases como “isso acontece” ou “ah! É em todo canto” ou ainda pior “a culpa é desse povo que só sabe reclamar” esse caos não é coisa do acaso ou mera coincidência, é fruto de má gestão dos recursos da saúde pública, bem como do provável uso indevido do SUS, como mecanismo de perpetuação no Poder.

Não custa lembrar que em 2016, foi desvendado o maior esquema de corrupção já visto no Rio Grande do Norte, levando a cassação da então prefeita, Dra. Fernanda (esposa do deputado Tomba); do vice-prefeito Ivanildinho e mais 7 vereadores. A Secretaria de Saúde, segundo os promotores, era a base do esquema, ou seja, recurso da saúde.

Mais recentemente, acompanhamos, por decisão judicial, o afastamento da Sra. Myllena (esposa do prefeito Ivanildinho) da condição de Secretária de Saúde.

Outro fato que corre os quatro cantos da cidade que poderia explicar esse caos, é a “possível” utilização (digo “possível” porque carece de documentação comprobatória) embora, a voz do povo, seja a voz de Deus, do sistema de saúde da cidade como moeda de troca eleitoral, onde seriam beneficiadas dezenas de cidades, tanto da região Trairi, como de outras regiões do Estado, para assegurar votos em suas bases para políticos desta região.

Para além da comprovação dos fatos aqui relatados sentidos na pele por quem precisa utilizar o sistema de saúde de Santa Cruz ou fruto de apenas especulação popular, o fato inconteste é que há mais de 20 anos, temos o mesmo grupo administrando o SUS na cidade e, por óbvio, queiram ou não queiram, podem não ser os únicos, mas são sim, responsáveis pela desassistência em saúde do nosso povo.

Eu sei que você, leitor, está dizendo, como ato de revolta: a culpa é de quem vota. Eu, nunca culpo quem sente a dor, essa inversão de valores, os gestores e seus seguidores já fazem.

Uma vez eleito, o gestor é o único responsável, neste sentido, não tenho dúvidas de que esse caos na saúde pública de Santa Cruz que se estende historicamente só evidência a “FACE CRUEL” de quem administra o sistema em nossa cidade.

Ao eleitor! Só posso dizer que o “VOTO” é a única arma que você pode usar para corrigir um erro, outra, uma vez usada, não se tem mais como reparar o dano, com a “arma” do VOTO tem.

Por Marcos Silva.



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