Com profundo pesar e preocupação, somos informados, pelos jornais, de que as universidades públicas brasileiras sairão da tutela do MInistério da Educação e ficarão sob a responsabilidade do Ministério da Ciência e Tecnologia.
Conhecendo os interesses e apetites em jogo, suspeitamos de que essa iniciativa tenha como objetivo sufocar o ensino público superior, desestimulando o investimento, a pesquisa e a produção de conhecimento nas áreas de humanas, ou seja, matando o pensamento crítico.
Explico: ao transformar a necessidade real de investimento em Ciência e Tecnologia numa cortina de fumaça para limitar o ensino e a pesquisa na área de humanas, o que se pretende, na verdade, é matar qualquer possibilidade de continuarmos formando brasileiros capazes de refletir sobre a própria realidade, de questionar governos e governantes, de transformar o mundo à sua volta.
Eu gostaria de estar enganado nas minhas previsões, mas o que posso esperar do futuro ministro que ficará, dentre outros, responsável pelas universidades públicas brasileiras, quando ele diz que, no exercício do seu cargo, terá como princípio "combater inimigos internos e externos"? Isso quer dizer que os pesquisadores, os professores e os alunos que criticarem o governo serão considerados inimigos? Temo que sim!
Alerto que, se a universidade pública for esvaziada de sentido, como, obviamente, o novo governo pretende fazer, ela perderá a sua razão de existir. Isso é sério, isso é grave, isso criará um rombo inestimável para o futuro dos brasileiros e do país.
Nós, do campo progressista, precisamos juntar forças agora para evitar esse destino terrível.
Jorge Solla
Deputado Federal
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