quarta-feira, 7 de novembro de 2018

O CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA DE SANTA CRUZ FOI EXTINTO OU SILENCIADO?






















Se tem uma coisa que foi riscada do mapa de Santa Cruz chama-se “CONSELHO MUNICIPAL DE CULTURA.” Este órgão que integra a estrutura da gestão municipal foi instituído pelo então prefeito Péricles Rocha em 2011, a partir de uma luta de boa parte da classe artística de Santa Cruz. Nos anos de 2011 e 2012, a gestão Péricles Rocha deu total respaldo ao Conselho, ele próprio participou das plenárias do colegiado na discussão e construção da Lei do Fundo Municipal de Cultura e demais demandas do colegiado. 

As primeiras gestões do Conselho com membros do Arte Viva, do saudoso Hugo Tavares, representantes do IFRN, da APOESC, da ASSOMUSC otimizaram o conselho e alavancaram as discussões para implementação de um conjunto de leis que possibilitassem avanços desse setor no município de Santa Cruz. 

Toda luta, empenho e dedicação daqueles que sempre atuaram em prol da cultura parece ter ficado para traz. A gestão Fernanda Costa ao que parece venceu o colegiado pelo cansaço e pelo “controle” que hoje exerce na maioria dos membros do conselho. Desde que chegou a prefeitura municipal em 2013, Dra. Fernanda deixou claro que discutir política pública para a CULTURA não era sua prioridade. O Conselho, antes resistente, passou 04 anos implorando por uma reunião com a prefeita sem nunca ter sido atendido, todavia, o colegiado em sí, mantinha sua essência, o que, lamentavelmente parece ter perdido. É bem verdade que, a omissão da maioria dos “ARTISTAS” contribui para esse descaso, tanto da gestão municipal, quanto de alguns membros do próprio conselho. 

Para se ter uma ideia, pasmem os senhores e senhoras! O Conselho Municipal de Cultura de Santa Cruz não se reuniu uma única vez em 2018. Ninguém sabe, ninguém viu. Parece que escafedeu-se ou fora riscado do mapa. 

Ai você deve está se perguntando: deve ser porque não tem o que discutir, o que avaliar, o que encaminhar? Ledo engano. O que não falta é ponto de pauta, por ex: prestação de contas do edital do carnaval 2018; mudança de Secretário de Cultura; Fundo Municipal de Cultura; Plano Municipal de Cultura e tantos outros. O presidente, precisa vir a público esclarecer essa falta de atuação do Conselho. Não se pode admitir que, um órgão que deveria se reunir mensalmente chegue ao fim do ano sem que uma única reunião tenha ocorrido.

Vale salientar que, o Conselho Municipal de Cultura é fundamental para consolidação de uma politica pública para o setor cultural, como: a implementação do Plano e do Sistema Municipal de Cultura. Sem o Conselho, o município não pode integrar o Sistema Nacional de Cultura, um dos marcos dos governos Lula e Dilma para o setor cultural, infelizmente prejudicado desde o golpe do impeachment da presidenta Dilma. 

A cultura, com o avanço do conservadorismo, cada vez mais tem sido marginalizada, o que reforça a necessidade dos órgãos responsáveis por sua defesa, é o caso do conselho, ter uma atuação exemplar, forte, firme, para que não se perca de tudo. 

Alô conselheiros, alô artistas! Ou vocês acordam pra vida ou preparem o lombo já calejado. Vem chumbo grosso pela frente.


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