Condutor do golpe de 2016, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) acaba de ser condenado pelo juiz Sérgio Moro a 15 anos e quatro meses de prisão, o que pode aproximar o ex-parlamentar de uma delação premiada; Cunha já demonstrou ter munição contra Michel Temer, após entregar o peemedebista em questionamentos sobre irregularidades em recebimento de recursos de empreiteiras, o que para Moro foi visto como uma tentativa de intimidação e chantagem; recentemente, notícias deram conta de que o ex-deputado estava prestes a surtar dentro da prisão, mais um sinal de que pode abrir o bico.
Em sentença de mais de 100 páginas, Moro condenou Cunha por um crime de corrupção passiva, por três crimes de lavagem de dinheiro e por dois crimes de evasão de divisas.
Para o crime de corrupção, "pela solicitação e recebimento de vantagem indevida no contrato de aquisição pela Petrobras dos direitos de exploração do Bloco 4 em Benin", Cunha foi condenado a seis anos de reclusão.
Por lavagem de dinheiro a condenação foi de cinco anos e 10 meses de prisão e por evasão de divisas o ex-deputado foi sentenciado a três anos e seis meses de prisão.
Cunha foi preso em outubro do ano passado na Lava Jato, em fatos relacionados à aquisição de um campo exploratório de petróleo em Benin, na África, pela Petrobras, no ano de 2011. A propina paga a ele teria sido depositada em uma conta secreta na Suíça. Cunha teve o mandato parlamentar cassado depois de renunciar à presidência da Casa.
Como presidente da Câmara, Cunha aceitou o pedido de impeachment que acabou levando à cassação do mandato da então presidente Dilma Rousseff.
A defesa de Cunha já avisou que vai recorrer ao Tribunal Regional Federal.
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