O dia no Palácio do Planalto começou com um café da manhã para convencer mais deputados sobre a reforma da Previdência e deveria ter acabado com um jantar para que o presidente golpista Temer seguisse arrebatando “pelo estômago” aliados também para votarem a favor do requerimento de urgência para votar a reforma trabalhista.
Após a derrota (com direito à gritaria, ofensas e brigas acaloradas entre os deputados), Michel Temer (PMDB) e Antonio Imbassahy (PSDB), atual ministro da Secretaria do Governo, se reuniram para definir como tentar votar novamente o requerimento de urgência, logo nesta quarta-feira (19/04).
Alguns avaliam que havia número suficiente de deputados da base na Casa, mas a votação em cerca de 16 minutos pode ter inviabilizado a chegada dos parlamentares ao plenário.
O curioso é que alguns votos contrários à aprovação do requerimento de urgência vieram do PPS, partido do relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (BA). Crise na relação já que votar a reforma trabalhista às pressas “custe o que custar” e que, aparentemente, está mais consensual entre os deputados pró ataques, é uma boa prova do governo golpista ao empresariado igualmente golpista de sua disposição para governar a seu favor (ou seja, fazer os trabalhadores pagarem por essa crise). Ainda mais sob a pressão da Lava-Jato que, através da lista do ministro do STF Edson Fachin determinando abertura de inquérito contra oito ministros de Temer, questiona a legitimidade do Congresso para votar a reforma da Previdência.
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