quinta-feira, 20 de abril de 2017

Urgência da reforma trabalhista é aprovada pelo congresso de delatados.


















Depois de ter perdido no dia de ontem, os deputados governistas liderados por Rodrigo Maia (DEM), aprovaram no dia de hoje um imenso ataque aos trabalhadores, com o “modo Cunha” ligado: perdendo ontem, repetiram novamente a votação hoje passando por cima do regimento da Câmara, que, diga-se de passagem, tem tanto respeito pelos deputados quanto um juiz de futebol tem da torcida que está perdendo.

Sob discursos reacionários como “a modernização das relações de trabalho”, e dizendo que a nova legislação proposta com a reforma que ataca direitos fundamentais dos trabalhadores, na realidade ajudaria aos mais de 13 milhões de desempregados a se inserir no mercado de trabalho.

Quando um destes deputados que batem recorde de citações em delações premiadas, falam em “novas formas de trabalho”, o trabalhador deve desconfiar imediatamente se este se refere ao “trabalho” de um deputado que nada faz além de recebe propina em benefício deste ou daquele capitalista (delator ou não), enquanto mantém seus altíssimos salários e benefícios como “auxílio-hotel”, “auxílio-paletó”, “auxílio emprego para familiares” e um longo etc. Certamente não é este tipo de trabalho que os deputados querem “modernizar”, na realidade o que querem é passar o custo da crise para nós e continuar vivendo com suas benesses enquanto a população amarga desemprego, aumento do custo de vida e corrosão do salário. Isto não pode ficar barato!

Os deputados jogam com o fato de mais de 13 milhões de desempregados sofrerem hoje com a crise capitalista no país, no entanto para isto propõe piorar imensamente as condições de vida daqueles que hoje trabalham em um emprego efetivo ou até terceirizado. Absolutamente nada garante que esta reforma vai aumentar os empregos, pelo contrário, aumentará os lucros dos empresários sobre cada cabeça empregada, diminuindo o custo com o trabalhador através do negociado sobre o legislado para que o patrão possa forçar um acordo pior do que a lei exige que se cumpra, a flexibilização do pagamento por hora que na prática retira as horas extra, e até os feriados eles querem cortar, enquanto que em dias normais estes deputados “trabalham” talvez três dias por semana. Isto tudo vindo junto com reforma trabalhista e outros ataques.

Estão rasgando os poucos direitos que a CLT garante! Tudo para aumentar o lucro dos capitalistas com a crise! A saída para os trabalhadores deve ser atacar este lucro, organizando-se em cada fábrica e local de trabalho para dividir as horas de trabalho entre todos os braços disponíveis para trabalhar. Que a crise paguem os capitalistas, nenhuma família na rua, por uma jornada de 6 horas, 5 dias por semana, sem redução salarial!

A manobra de Maia e sua quadrilha de delatados na Câmara hoje deve ser um combustível a mais para classe trabalhadora e para toda a esquerda construir uma grande paralisação nacional no dia 28 de abril. Parar o país e mostrar nossa força contra os políticos privilegiados e os patrões, construir comitês e assembleias de base em cada local de trabalho e estudo para impor às centrais sindicais um verdadeiro plano de lutas que culmine em uma efetiva greve geral que derrote todas as reformas e derrube Temer! Que os capitalistas paguem pela crise!


Nenhum comentário:

Postar um comentário