O deputado estadual Fernando Mineiro (PT) comemorou a adesão das pessoas à manifestação. Ele afirmou que “a reação da sociedade nos dá alegria para lutar”. “O que está em jogo é o destino do povo, principalmente dos trabalhadores da cidade e do campo. Neste dia histórico, estamos mandando o recado de que não vamos aceitar que mexam com nossos direitos”, declarou.
Para a senadora Fátima Bezerra (PT), as pessoas saíram às ruas porque “não aguentam mais os retrocessos do governo ilegítimo que está aí”. Ela afirmou que as reformas em discussão “têm o objetivo de destruir os direitos da classe trabalhadora”.
O professor do curso de Jornalismo da UFRN, Daniel Dantas Lemos, chamou a manifestação de “levante popular das massas contra aqueles que querem, na base da força, nos empurrar um conjunto de reformas que deixarão milhões de brasileiros sem aposentadoria e sem direitos trabalhistas”.
Os manifestantes se concentraram em frente ao IFRN, no cruzamento das avenidas Bernardo Vieira e Salgado Filho, saindo em caminhada pela Hermes da Fonseca em direção à Praça Pedro Velho (Praça Cívica), no bairro de Petrópolis.
Um grupo ainda protestou em frente ao condomínio onde mora o deputado federal Rogério Marinho (PSDB), relator da Reforma Trabalhista. Além de golpista, o tucano foi chamado de inimigo da classe trabalhadora.
A participação da juventude foi um dos destaques da manifestação. Além da animação característica, os jovens aproveitaram o ato para levantar outras bandeiras, como a luta contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia. O tradicional grito de “juventude é revolução” foi entoado algumas vezes durante o percurso.
As mulheres, um dos segmentos mais atingidos pela Reforma da Previdência, eram maioria entre os manifestantes. As militantes da Marcha Mundial da Mulheres abriram o ato com uma faixa contra os projetos de Temer.
Além da juventude, a manifestação contou com a adesão de inúmeras categorias de trabalhadores, servidores públicos e movimentos sociais, numa demonstração de unidade da classe trabalhadora contra as reformas do governo do PMDB, PSDB e DEM.
A Greve Geral foi convocada pelas maiores centrais sindicais brasileiras: CUT, UGT, CTB, Força Sindical, CSB, NCST, Conlutas e CGTB. Juntas, elas representam mais de 10 milhões de trabalhadores.
Os atos aconteceram paralelamente em todas as capitais brasileiras. Em todo o país, as manifestações envolveram mais de 35 milhões de trabalhadores, nesta que já é considerada a maior greve geral da história do Brasil.
No RN, além de Natal, foram registradas manifestações em Mossoró, São Gonçalo do Amarante, Caicó, Currais Novos, Pau dos Ferros, Alexandria, Caraúbas, Assú e Guamaré.
Além de centrais, a manifestação também foi organizada pela Frente Brasil Popular (FBP), Frente Povo Sem Medo, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).
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