A Petrobras anunciou nesta sexta (4) reajuste de 6,9% no preço do gás de cozinha. A alta vale para o produto envasado em botijões de 13 quilos, mais usado em residências.
Na semana passada, a empresa já havia elevado em 8% o preço do produto vendido em vasilhames maiores, mais consumido por comércio e indústrias.
A estatal calcula que, se o repasse da alta anunciada nesta sexta for integral, o preço ao consumidor subirá, em média, 2,2% (ou cerca de R$ 1,29 por botijão).
"Como a lei brasileira garante liberdade de preços no mercado de combustíveis e derivados, as revisões feitas nas refinarias podem ou não se refletir no preço final ao consumidor. Isso dependerá de repasses feitos especialmente por distribuidoras e revendedores", disse a companhia.
Os novos preços entram em vigor à 0h de sábado (5).
Em junho, a Petrobras anunciou nova política de preços para o gás de botijão, que passou a ter ajustes mensais de acordo com a variação das cotações internacionais e do câmbio.
Na ocasião, o preço foi elevado em 6,7%. Em julho, houve corte de 4,5%.
DIFERENÇA
A política segue recomendação do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) de 2005, que determina o uso de preços mais baixos para o gás vendido em botijões de 13 quilos.
De acordo com a estatal, o cálculo do valor de venda desse gás não considera os custos de importação. Já a venda para comércio e indústria considera.
O presidente do Sindicato das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello, disse que, após os últimos ajustes, ampliou-se a diferença entre os preços dos dois produtos: hoje, o gás para indústria e comércio está 60% mais caro.
"Isso desestimula o investimento em infraestrutura e penaliza o consumidor industrial, que já está sofrendo com a crise econômica", afirmou.
Folha de S.Paulo
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