Isso só mostra o despreparo de boa parte das pessoas escolhidas pelo nosso povo para representa-lo. É surpreendente (ou não!?) que um pretenso formador de opinião defenda a manutenção no cargo de uma prefeita condenada pela Justiça por malversação de verbas públicas, junto com todos os seis vereadores de seu grupo político, capitaneado por alguém que em pleno século 21 trombeteia aos quatro ventos ser o "coronel" da região.
Se não fossem culpados, que apresentassem provas que garantissem sua probidade. Mas não o fizeram, certamente porque não têm como. E ainda arrolaram pessoas que talvez nem tenham tanta responsabilidade assim nas falcatruas. Dizer que Santa Cruz é desenvolvida é desconhecer, ou fingir desconhecimento, da realidade histórica de todas as cidades do estado, principalmente nos últimos anos. Achar que um teleférico vai desenvolver a cidade atraindo pessoas para cá é ter uma visão muito curta a respeito do turismo.
O teleférico não passa de uma megalomania "coronelista", pois trata-se de equipamento caro e de manutenção difícil, numa região onde se tem dificuldade até de conseguir peças para consertar os mais básicos equipamentos. E sem manutenção um teleférico põe em risco tanto os usuários quantos os moradores circunvizinhos. O Santuário já existe há bastante tempo, e não houve desenvolvimento substancial na cidade, houve sim um inchaço de estruturas que sobrecarregou a infraestrutura da cidade, principalmente no centro, onde as frequentes quedas e picos de energia denotam a sobrecarga no sistema. Sem contar a irregularidade da maioria das obras, em total desconformidade com o Plano Diretor municipal.
O que Santa Cruz precisa é desenvolvimento humano, e isso só se consegue com inclusão social. Educar as pessoas e lhes dar oportunidade de exercer atividades produtivas, talvez na própria área do turismo, para atrair mais pessoas e aproveitar a vocação para o turismo religioso. Hoje todos sabem que quem sustenta a cidade é principalmente os salários do funcionalismo público federal, que se não são tão altos, são bem melhores que aqueles pagos por estado e município. Aliás sabe-se do inchaço da folha municipal sob a égide do "tombismo".
O que precisa é criar condições de trabalho e emprego para a população, aproveitando todos os potenciais da cidade, como pólo regional. E investir em infraestrutura básica, água, energia, saneamento, drenagem, transporte, coleta de resíduos, etc. Chega de caudilhismo e coronelismo. Chega de apadrinhamentos. Chega!
Luiz Ricardo
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