Hugh Hefner, o homem que criou a revista “Playboy” e a transformou em uma gigante da indústria de entretenimento, morreu nesta quarta-feira (27) aos 91 anos em sua casa, a mansão Playboy, em Los Angeles (EUA).
A informação foi dada na conta oficial da revista no Twitter.
De acordo com a Playboy Enterprises, dona da revista americana, ele morreu de causas naturais.
O homem Hefner e a marca Playboy eram indissociáveis. Ambos se propagandeavam como símbolos da revolução sexual, uma fuga do formalismo americano e de uma intolerância social mais ampla. Ambos foram ridicularizados ao longo dos anos: como vulgares, adolescentes, exploradores e, finalmente, como anacrônicos.
Mas Hugh Hefner foi um sucesso desde o início, no começo do anos 1950. O seu “timing” foi perfeito.
Comparado a Jay Gatsby (da obra de F. Scott Fitzgerald), “Cidadão Kane” (filme de Orson Wells) e Walt Disney, Hefner era, na verdade, uma produção independente.
Ele, repetidamente, comparava sua vida a um filme romântico, em que estrelava usando pijamas de seda, dando festas intermináveis para pessoas famosas, ao mesmo tempo em que seduzia (às vezes casava) jovens mulheres atraentes, mesmo quando já tinha mais de 80 anos.
A primeira edição da “Playboy” foi publicada em 1953, quando tinha 27 anos, um pai recém-casado com, na versão dele, a primeira mulher com quem havia dormido.
O empresário recém havia deixado a casa de seus pais e abandonado um emprego na revista “Children’s Activities” (atividades infantis, em tradução livre).
Nas décadas seguintes, Hefner montou um império liderado pela revista, que chegou a ter uma circulação nos EUA de 5,6 milhões de exemplares em 1975.
Nos últimos anos, porém, com a concorrência da internet e a pornografia grátis, a “Playboy” viu seu público encolher -rodava em torno de 800 mil nos últimos anos.
Em 2015, em uma tentativa de conquistar um outro público, a revista decidiu abandonar as fotos de mulheres nuas em suas páginas nos EUA, dizendo que tinham ficado obsoletas. À época, a publicação estava sob pressão de mulheres que consideravam a publicação de fotos nuas uma prática ofensiva e degradante.
No entanto, em fevereiro de 2017, a revista anunciou que traria de volta o nu. A decisão foi tomada por Cooper Hefner, diretor criativo da “Playboy” e filho do criador.
Além de Cooper, ele tinha três filhos, Christie, David e Marston. Desde 2012, era casado com Crystal Harris, 31, sua terceira mulher.
FOLHAPRESS
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