segunda-feira, 6 de novembro de 2017

SANTA CRUZ/RN: SEM AGENTES DE SAÚDE ESSA É A REALIDADE DE RUAS DO BAIRRO 3X1



















Diversos moradores do Bairro 3X1, no município de Santa Cruz/RN, em especial os da Rua José Francisco da Silva, procuraram este blog, para relatar o grave problema vivido pelos populares que ali residem devido à ausência de Agentes de Saúde na localidade. Os moradores afirmam que, faz anos que não recebem visitas de Agentes de Saúde, o que tem agravado problemas de saúde, sobretudo, em idosos e crianças. A reclamação é geral, inclusive, não só por parte dos usuários, mas também, por profissionais da saúde que vem chamando atenção para o grande déficit de equipe PSF no município. Muitos profissionais relatam que diversas ruas estão desassistidas por falta de equipes. Esse problema trás um agravante, a sobrecarga das equipes existentes. Há relatos que quase todas as UBS estão sobrecarregadas, dentre elas, a do Centro da Cidade, responsável por atender o Bairro especificado acima.
Não podemos falar dessa problemática sem falar do (SUS) que por falta de gestão pública, tem caído no descredito da população, mas que na verdade, este, é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo e é o único a garantir acesso integral, universal, igualitário e gratuito para toda a população. O Sistema foi criado na Constituição de 1988, quando a saúde se tornou direito do cidadão. Os gestores do SUS são o Ministro da Saúde, em nível nacional, o Secretário de Estado da Saúde, em nível regional, e o Secretário Municipal de Saúde. Eles podem dividir funções, mas todos devem ser parceiros para garantir a saúde da população.

No SUS está inclusa a atenção básica ou atenção primária em saúde, conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento superiores em complexidade. A atenção básica funciona, portanto, como um filtro capaz de organizar o fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos. 
A atenção básica também envolve outras iniciativas, como: as Equipes de Consultórios de Rua, que atendem pessoas em situação de rua; o Programa Melhor em Casa, de atendimento domiciliar; o Programa Brasil Sorridente, de saúde bucal; o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS), que busca alternativas para melhorar as condições de saúde de suas comunidades etc.
Agente Comunitário de Saúde
Oficialmente implantado pelo Ministério da Saúde em 1991, o então Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) teve início no fim da década de 80 como uma iniciativa de algumas áreas do Nordeste (e outros lugares, como o Distrito Federal e São Paulo) em buscar alternativas para melhorar as condições de saúde de suas comunidades. Era uma nova categoria de trabalhadores, formada pela e para a própria comunidade, atuando e fazendo parte da saúde prestada nas localidades. 

Hoje, a profissão de agente comunitário de saúde (ACS) é uma das mais estudadas pelas universidades de todo o País. Isso pelo fato de os ACS transitarem por ambos os espaços – governo e comunidade – e intermediarem essa interlocução. O que não é tarefa fácil. 

O agente comunitário de saúde tem um papel muito importante no acolhimento, pois é membro da equipe que faz parte da comunidade, o que permite a criação de vínculos mais facilmente, propiciando o contato direto com a equipe. 

Todas as atribuições do ACS estão listadas na página 48 da Política Nacional de Atenção Básica
Você deve está se perguntando: mas a final de quem é a responsabilidade, para solucionar este problema? Segundo o Sistema único de Saúde, é do Município o dever de garantir os serviços de ATENÇÃO BÁSICA À SAÚDE e prestar serviços em sua localidade, com a parceria dos governos estadual e federal. As prefeituras também criam políticas de saúde e colaboram com a aplicação das políticas nacionais e estaduais, aplicando recursos próprios e os repassados pela União e pelo estado.

DO BLOG

Alô Gestão Municipal! Não se pode cuidar da cidade, sem cuidar das pessoas, sob pena de termos uma cidade bonita na aparência, mas doente na essência. Os Santa-cruzenses clamam por saúde e maiores cuidados. 



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